Tem tablet custando menos do que celular

Quando a Apple lançou o iPad, em abril de 2010, a imprensa especializada mundial colocou em dúvida se a nova empreitada de Steve Jobs teria o mesmo sucesso que o tocador iPod e o celular iPhone. Três anos depois e já na sua terceira geração, o tablet da maçã se tornou um fenômeno de vendas. As informações são do Diário SP.

Na esteira desse sucesso, diversas marcas lançaram seus modelos e hoje já é possível encontrar tablets com valores abaixo dos R$ 400, mais barato do que muitos celulares.

A boa notícia é que o preço deverá continuar a cair. Segundo Roberto Soboll, diretor de produtos da Samsung, o ganho em escala vai contribuir para que os preços dos tablets caiam ainda mais. “Estamos cerca de dois anos atrasados em relação ao que acontece no exterior (uma explosão de vendas), mas passamos de um mercado que vendeu em 2011 entre 600 mil e 700 mil tablets para fecharmos 2012 com mais de dois milhões de unidades comercializadas. Deve acontecer com o tablet o mesmo que ocorreu com o smartphone, que há dois ou três anos era encontrado por R$ 1,5 mil e R$ 2 mil e hoje sai por R$ 399”, afirma.

Soboll conta ainda que a queda tem sido acelerada. Segundo ele, um modelo de ponta, que era vendido por cerca de R$ 2 mil no início do ano, hoje sai entre R$ 1,5 mil e R$ 1,6 mil.

Menos equipados - Adriana Flores, diretora de produtos da Positivo, afirma que a queda do preço também deve ser creditada ao surgimento dos tablets menos equipados. “O principal fator que tem afetado o preço médio dos tablets no país é o crescimento da venda de equipamentos com configurações mais básicas, que incluem menores capacidades de armazenamento”, afirma.

Para Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, especializada em comunicação, o consumidor deve ficar atento ao uso que dará ao equipamento. “A pessoa tem de saber a destinação que pretende com o tablet, para não se tornar um instrumento sem uso.”