Covil de bandidos

Somos uma sociedade omissa, cúmplice ou acovardada diante do poder público mais corrupto e mais hipócrita de nossa história

Geraldo Almendra


“Só restam as palavras, mas estas também estão imóveis e mudas no texto, não mais ecoam, parece terem perdido a força para provocar as mudanças desejadas. Estão semelhantes a armas sem munição, a naus sem leme, a aviões sem motor.”

Somos uma sociedade omissa, cúmplice ou acovardada diante do poder público mais corrupto e mais hipócrita de nossa história.
Reproduzo abaixo a crônica de Aileda de Mattos Oliveira (*), “FILHO DO BRASIL PAI DA CORRUPÇÃO”, que contém verdades que deveriam ser objeto de reflexão diária de toda a sociedade, de todos os que são omissos, vítimas ou cúmplices do mais sórdido político que nossa história há de registrar na sua decadente biografia em que o DNA da ilicitude foi frutificado e perpetuado como característica fundamental da formação política do Brasil. Poucas vezes li uma crônica que reflete com tão feliz precisão e de forma rigorosamente didática o caráter sórdido do Retirante Pinóquio:

“Um deslustrado, um dia, autoproclamou-se “Filho do Brasil”, anunciando, como pai, um país tido como paraíso de aventureiros nacionais e estrangeiros. Este de quem se fala, perito estrategista em estelionato político, passou de desempregado a patrão, servindo-se da massa populacional que via nele um igual pela origem.

Tendo em vista que a herança cultural do Brasil mais usufruída é a da esperteza em todas as esferas, oficiais ou não; a do engodo; e a do jeitinho desprezível de ser, considerou-se ele com total direito à filiação e, por essa razão, tornar-se herdeiro absoluto desse legado infame. Sendo assim, é válida a certidão de legítimo produto genético do país que não deu certo.

Assim concebido, tornou-se lídimo filho do Brasil pilantra, pela completa afinidade com a parte do povo tendente a qualquer negócio, desde que lhe sobrem vantagens.

O filho cresceu em astúcia, em velhacaria, e transformou-se em Pai da Corrupção, patriarca do clã mais agressivo em termos de decomposição moral de que se tem notícia.

Se é verdade que percorre o mundo, pressionando seus aliados a apoiarem-no para ganhador do Prêmio Nobel da Paz, é sinal de que a petulância, a empáfia do cínico indivíduo acabaram por lhe dar o título de Maior Embusteiro, o mais completo impostor com direito à inclusão no Guinness das falcatruas.

Mas já está passando da hora de o Brasil sensato reagir à inércia em que seus individualistas e mal-intencionados governantes desejam mantê-lo, e desvencilhar-se dessa confraria de parasitas do erário, que tenta aprisioná-lo nos antivalores da liberalidade sem freio e enroscá-lo com os tentáculos da traição, para melhor sugar-lhe as entranhas alimentadas pelo contribuinte, apascentado pelo hábito de pagar e nada ver.

O Filho do Brasil e Pai da Corrupção é a representação congênita do que há de mais nocivo dos “estigmas”, como diria Cesare Lombroso [1], emanando dele todo o miasma da perversão ético-moral.

Por que, então, não está sentado no banco dos réus e as ameaças de seus comparsas de denunciá-lo nunca são concretizadas? Por que excluí-lo, se parte de seu comando todas as perniciosas ações governamentais, ignorando a existência da afilhada, nulidade presidencial?

Surge o escândalo da super secretária, outros virão, mais outros e mais outros, como se roubar fosse norma constitucional neste governo promíscuo. Em contrapartida, a calmaria permanece, nada se move na natureza: os navios não balançam; o silêncio permanece nos quartéis, verdadeiros mosteiros medievais; os aviões não passam rasantes pelo centro da corrupção.

Nada! Todos repetindo “assim seja!” aos escândalos da canalha petista.

Só restam as palavras, mas estas também estão imóveis e mudas no texto, não mais ecoam, parece terem perdido a força para provocar as mudanças desejadas. Estão semelhantes a armas sem munição, a naus sem leme, a aviões sem motor.

Quando um juiz exigir a reintegração, até o último centavo, do patrimônio roubado do Estado pelo Filho Enjeitado do Brasil e Pai da Sórdida Corrupção, então poder-se-á dizer que a justiça é para todos ou que “todos são iguais perante a lei”.

Enquanto não acontecer tal milagre, o poder vermelho continuará a escarnecer, ruidosamente, das instituições nacionais, permanentemente sob o efeito anestesiante de doentia acomodação.

[1] Cientista italiano, do século XIX, estudioso da antropologia criminal.

(*Dr.ª em Língua Portuguesa e membro da Academia Brasileira de Defesa).

Como temos enfatizado várias vezes, não conseguimos aceitar e entender o majoritário comportamento da sociedade que concorda em continuar trabalhando mais de cinco meses por ano para sustentar bandidos de todas as estirpes que controlam o poder público, desde os que tiram vantagens pessoais de discursos hipócritas para os ignorantes, objetivando sustentar um hediondo projeto político, como os que praticam descarados roubos através da corrupção e do suborno, cumplices das gangs que tomam conta do poder público e que começaram a se estruturar a partir do momento que o Regime Militar entregou o poder aos civis.

- Até quando os policiais civis e militares, os agentes da Polícia Federal, os comandantes das Forças Armadas, os togados dos Tribunais Superiores e juízes de outras instâncias irão continuar cúmplices ou omissos diante de um projeto de poder – uma corruptocracia fascista – tão sórdido e tão criminoso como o do PT?

- Por que os representantes da Justiça nunca cumprem totalmente ou apenas parcialmente com suas obrigações legais quando investigam e prendem os canalhas da corrupção e do suborno, permitindo que o submundo dos podres poderes da República definam os limites da punição ou simplesmente a impunidade de tantos ladrões dos contribuintes?

- Como o “legalmente considerado” – não o verdadeiro – chefe do Mensalão pode pegar 10 anos de cadeia que não vão ser cumpridos e seu “cúmplice-subordinado” direto é condenado a 40 anos de cadeia? Que desgraça de Justiça é essa praticada dentro do STF?

- Por que uma mãe que rouba um tablete de manteiga para passar no pão do filho é presa e fica ao sabor das regras do jogo dentro das masmorras prisionais, enquanto os canalhas que roubam bilhões dos contribuintes, provocando indiretamente um genocídio, continuam fazendo de palhaços e imbecis uma parcela majoritária da sociedade?

- Por que o ex-presidente Lula não está sendo indiciado ou preso e por que sua namorada indiciada por vários crimes também ainda não foi presa?

- Por que a gang do Mensalão vai continuar impune nessa farsa jurídica que culminou com o não pedido de prisão dos condenados para que o STF continue se submetendo a todos os tipos de desafios e afrontas do submundo da política prostituída comandado de dentro do poder Executivo?

- Por que os contribuintes continuam aceitando a existência de um Parlamento comprovadamente subornado pelos bandidos das gangs que controlam o poder público?

- Por que os canalhas esclarecidos, frutos diretos da degeneração moral das relações público-privadas, continuam omissos ou cúmplices diretos da avassaladora corrupção dentro do poder público, apostando em uma corruptocracia fascista para tomar conta do futuro de seus próprios filhos e de suas famílias?

Estas são muitas das perguntas sem resposta racional e que fazem de uma majoritária parte da sociedade civil e do poder Judiciário um antro de cúmplices das gangs do mensalão e de seus milhares de lacaios espalhados pelo país.

Somente existe um caminho para que o poder Judiciário recupere sua credibilidade e deixe de ser considerado cúmplice degenerado das gangs que tomam conta do poder público: indiciar e colocar na prisão o Retirante Pinóquio, o mais sórdido político da nossa história, que permitiu de forma cúmplice que o Brasil fosse elevado à categoria de Paraíso de Patifes. Tudo o mais é farsa jurídica que protege as gangs que tomaram conta do poder público.
 

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