Com pé em dois barcos, Nenão deve assumir PMDB em Nova Andradina

Cotado para disputar Prefeitura, vereador flutua entre situação e oposição

Da Redação


Eleito na base do prefeito Roberto Hashioka, mas ao mesmo tempo, um dos principais críticos da atual gestão, o ex-presidente da Câmara, vereador Newton Luiz de Oliveira (Nenão), é um dos nomes cotados para assumir o PMDB de Nova Andradina e, de quebra, ser o candidato da legenda à Prefeitura, em 2016.

Apesar de estar em seu primeiro mandato, o parlamentar já é antigo conhecido do eleitorado nova-andradinense, tendo disputado todas as últimas eleições municipais, sempre ao lado da situação – seja com Roberto Hashioka ou com o ex-prefeito Gilberto Garcia –, mas sem êxito na corrida por uma das cadeiras do legislativo local, exceto em 2012 quando, enfim, foi eleito.

Já no primeiro ano de seu primeiro mandato, Nenão conquistou a presidência da Câmara e se fortaleceu no cenário político nova-andradinense. Apesar de, até então, ser do mesmo partido do prefeito Roberto Hashioka (que recentemente deixou o PMDB para ingressar no PSDB), a atuação do parlamentar na Casa de Leis nunca foi unanimidade entre os aliados do Executivo.

Para chegar à cadeira central do Plenário Sidney Sanches, Nenão recorreu aos principais opositores de Hashioka na Câmara, os vereadores Vicente Lichoti e Edson Tolotti, ambos do PT. No período, o parlamentar também foi um dos protagonistas de uma disputa interna com o então líder do prefeito no legislativo e hoje presidente da Casa de Leis, Cido Pantanal (PSDB).

O nome de Nenão, que além do PMDB já passou por legendas como PSDB e PV, começou a ganhar ainda mais projeção, rumo às eleições para prefeito, depois que Roberto Hashioka deixou o Partido do Movimento Democrático Brasileiro para ingressar no PSDB, à convite do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB).

Apesar de historicamente caminhar ao lado dos últimos prefeitos de Nova Andradina, depois  de eleito vereador, Newton Luiz de Oliveira também passou a ser figura presente em círculos políticos dissonantes aos seus aliados, a exemplo do deputado estadual Renato Câmara.

O parceiro de primeira hora do parlamentar, vereador Robertinho Pereira, é outro político que passou a figurar o hall de personas non grata, especialmente depois que, em 2014, aceitou o convite do PMDB para se candidatar a deputado estadual (muito antes que a até então deputada Dione Hashioka declinasse da disputa), causando certo desconforto na base que o sustentou politicamente em 2012, quando, assim como Nenão, foi apoiado pelo prefeito Roberto Hashioka e pela ex-deputada Dione. 

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