PT rechaça Nenão e GG como oposição à Prefeitura

Por outro lado, a exemplo dessas lideranças, partido também carrega no currículo apoio ao prefeito Roberto Hashioka

Da Redação


Mesmo em baixa com o eleitorado, tendo em vista a crescente rejeição da presidente Dilma Rousseff, o Partido dos Trabalhadores, que foi derrotado pelo PSDB na corrida pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, projeta lançar candidatos a prefeito nas principais cidades do Estado.

É o caso de Nova Andradina, onde sigla, pela terceira eleição consecutiva, planeja concorrer ao Executivo Municipal, pela oposição.

Em meio às lideranças que começam a despontar para a disputa contra o atual prefeito Roberto Hashioka (ou seu eventual candidato à sucessão), o PT afasta da chamada “oposição” nomes como o do vereador Nenão (PMDB) e do ex-prefeito Gilberto Garcia (PR).

A explicação é simples. Nenão foi eleito na base da atual gestão, além de ter estado ao lado do governo em todas as eleições em que pleiteou uma vaga na Câmara Municipal.

Por sua vez, Gilberto Garcia foi o “braço direito” de Hashioka quando da última gestão do atual chefe do Executivo e, ainda, foi eleito prefeito (em 2008) com irrestrito apoio do gestor.

Por outro lado, o próprio PT também carrega em seu currículo apoio ao atual prefeito de Nova Andradina. Tanto que, nas duas últimas gestões de Hashioka (2001 a 2004 e 2005 a 2008), indicou o vice, Helder Faria, além de contar com uma bancada formada por três vereadores (hoje são dois).

O distanciamento com a gestão começou em 2008, quando, mais uma vez, o PT indicou um vice, no caso, o então vereador Tadao. A chapa, que acabou derrotada, foi encabeçada pelo atual vice-prefeito e então vereador, Milton Sena (PDT).

Em 2012, com Tadao, o PT finalmente lançou candidato próprio à prefeitura, mas acabou somando mais uma derrota frente à própria gestão que ajudou a eleger em 2000 e a reeleger em 2004.

A um ano das eleições municipais de 2016, o Partido dos Trabalhadores volta a se articular para lançar candidatura própria. Os nomes mais cotadas são do atual vereador Vicente Lichoti, do empresário Edilson do Gás e do próprio Tadao, presidente municipal da legenda.

Caso a candidatura se confirme, o PT terá pela segunda vez seguida um candidato a prefeito em Nova Andradina. Para ratificar esse projeto, além de rechaçar Nenão, Gilberto Garcia e o próprio vice-prefeito, o ex-aliado Milton Sena, como “oposição”, a sigla afasta qualquer possibilidade de compor uma aliança em que não esteja na “cabeça”.

"Não há a possibilidade de o PT entrar na disputa que não seja na cabeça. Não aceitaremos ser vice. Se quiserem compor conosco, podemos debater a indicação de um vice do grupo deles, mas com o PT na cabeça", ratificou Tadao, presidente do PT e pré-candidato a prefeito.

A análise do presidente municipal do PT é compartilhada pelo vereador e também pré-candidato a prefeito pelo partido, Vicente Lichoti. Para o parlamentar, as atitudes adotadas por lideranças como Gilberto Garcia e Nenão os afastam de qualquer campo político ligado à oposição.

“Nenão está há 12 anos com a situação e o fato de o Hashioka ter deixado o PMDB não faz deste partido e nem do Nenão oposição. Para isso, teria que ter deixado o partido de sustentação do governo municipal muito antes do prefeito”, analisou. 

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