Donos de rádios piratas fazem parte de esquema de trabalho escravo

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Donos de rádios piratas estão envolvidos no esquema para facilitar a entrada ilegal de bolivianos em São Paulo. Ao todo, são 14 emissoras clandestinas com programação dirigida à comunidade de imigrantes em pleno funcionamento na capital paulista.

Localizado pela "Rádio Bandeirantes", o dono de uma delas, a Gigante FM, admitiu que a emissora localizada no Brás é usada para aliciar trabalhadores do país vizinho.

Os bolivianos são trazidos para trabalhar em oficinas de costura não legalizadas e, muitas vezes, acabam tratados quase como escravos.

"Na rádio, a gente já trabalha com algumas empresas de São Paulo que sempre estão procurando pessoas", disse o homem, que se identifica com o Andrés.

Questionado se a estratégia funcionava, ele foi enfático na resposta afirmativa. "Isso nunca vai parar. Todo dia tem muita gente vindo para cá."

Passando-se por dono de uma confecção, o repórter Agostinho Teixeira também conseguiu negociar com um dos coiotes, intermediários que estão envolvidos no esquema.

Pelo acordo fechado, cinco bolivianos vindos de Santa Cruz de la Sierra custariam, ao todo, R$ 1.750, sendo que metade do valor seria antecipada e o restante, pago na entrega dos costureiros.

Durante a conversa, o coiote, conhecido como Johnny, também revelou que a entrada dos bolivianos no Brasil acontece com a conivência de agentes da Polícia Federal.

Ele explicou que, além do suborno, o esquema envolve a falsificação de carimbos das autoridades brasileiras. '"Eles pagam para a Polícia Federal. Você sabe como é lá", afirmou o criminoso. "Não tem risco nenhum".

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