Champignon e mulher teriam brigado em restaurante, diz delegada

Terra


Claudia Bossle Campos, mulher de Champignon, postou uma foto com o músico em seu perfil no Facebook horas antes de ele ter sido encontrado morto nesta segunda-feira (9). Claudia publicava com frequência imagens do casal na rede social - Foto: Facebook /Reprodução

Champignon e a mulher, Cláudia Campos, teriam discutido no restaurante japonês em que estavam com amigos, momentos antes de o ex-baixista do Charlie Brown Jr. cometer um suposto suicídio, no início da madrugada desta segunda-feira (9). A informação foi dada pela delegada Milena Suegana, da 89ª DP de São Paulo (Morumbi), que foi ao apartamento do músico e conversou com Cláudia – grávida de 5 meses – no hospital em que foi internada após a fatalidade.

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Segundo conversa da delegada com a mulher do músico, momentos antes de fazer um ultrassom, a briga não se estendeu para o apartamento onde moravam – tendo ambos chegado sem se falar, tanto no elevador quanto em casa. Cláudia estava em estado de choque e demorou para conversar com a delegada, dizendo repetidamente que amava Champignon.

De acordo com dois agentes da perícia, Luiz Carlos Leão Duarte Junior, seu nome de batismo, teria feito dois disparos com uma pistola 380. Um para o chão, provavelmente para testá-la, e o outro na lateral direita da cabeça.

Cláudia, a única que estava no apartamento no momento do tiro, disse que Champignon estava em um cômodo que transformara em estúdio, com a porta entreaberta. Ao ouvir o disparo, ela foi até o quarto e o viu morto.

A mulher ainda relatou à delegada que o músico estava frustrado com as críticas de sua nova banda, A Banca, formada após a morte de Chorão, seis meses antes. Porém, de acordo com Cláudia, ele não apresentava um quadro depressivo e nem usava drogas. Em seis anos de casado, ela nunca foi agredida fisicamente por ele e os vizinhos nunca relataram brigas.

A delegada Milena Suegana ainda relatou que haviam duas armas – a pistola 380 e outra que não quis revelar – e outra de brinquedo. A perícia apreendeu os objetos, além de computador, celular e um instrumento em que Champignon teria caído próximo.

Sobre o gesto que Champignon teria feito no elevador – captado pelas câmera de segurança do condomínio –, a delegada disse que ocorreu, mas também não revelou qual foi. O sinal será cuidadosamente analisado pela perícia.

Agora, ela irá aguardar o laudo de exames de necrópsia, balística e outros e apurar se as armas encontradas no local estavam em nome do Champignon.

O caso
Luiz Carlos Leão Duarte Junior, conhecido como Champignon, foi encontrado morto em seu apartamento, na região do Morumbi, na zona oeste de São Paulo (SP), na madrugada desta segunda-feira (9), com um tiro de pistola 380 na cabeça. A polícia trabalha com a hipótese de suicídio.

Uma arma foi encontrada na mão do músico. Ele estava em casa com Cláudia Campos, sua mulher, que está grávida e deixou o local em estado de choque. Ela chegou a ser atendida em um hospital.

Na noite anterior, ele e a mulher foram jantar com um casal de amigos. De acordo com o corretor de imóveis Alexandre Denaion, vizinho do músico, ele aparentava estar bem e havia consumido "apenas dois saquês".

Alexandre Denaion relatou que, por volta da 0h05 desta segunda-feira, ouviu um "barulho seco" de um tiro e a voz de Cláudia desesperada repetindo: "amor, você não fez isso". Ele conta que entrou no quarto onde Champignon guardava instrumentos, e viu a arma - uma pistola calibre 380 - na mão do músico, além de muito sangue.

O caso acontece cerca de seis meses depois da morte de Alexandre Magno Abrão, o Chorão, amigo de infância e parceiro com quem Champignon teve desentendimentos na banda Charlie Brown Jr. Atualmente, se dedicava à banda A Banca.

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