Beyoncé decidiu se explicar após causar polêmica com o clipe da música Formation, no qual aparece afundando uma viatura policial, coloca uma criança negra confrontando agentes brancos e exibe a mensagem "parem de atirar na gente".
Em entrevista à revista Elle, a cantora afirmou que muitas pessoas não entenderam o recado. "Eu sou uma artista e eu acho que as artes mais poderosas normalmente são incompreendidas, mas qualquer pessoa que tenha entendido a minha mensagem como anti-polícia está completamente enganado", declarou.
"Eu tenho muita admiração e respeito pelos policiais, e pelas famílias deles que se sacrificam para nos salvar. Mas vamos ser claros: eu sou contra a brutalidade e a injustiça da polícia. São duas coisas diferentes. Se celebrar as minhas raízes e a minha cultura durante o Mês da História Negra deixou qualquer pessoa desconfortável, estes sentimentos já estavam aí bem antes do meu vídeo e até de mim. Estou orgulhosa do que nós criamos e orgulhosa por ser parte de uma conversa que está que está impulsionando as coisas de uma forma positiva", concluiu.
O lançamento do vídeo fez com que americanos mais conservadores e extremistas promovessem um boicote à cantora. Em seu Facebook, internautas escreveram que ela não tem propriedade para discutir racismo, já que é uma estrela pop rica e, consequentemente, não vive essa realidade.
O presidente Sindicato da Polícia de Miami, Javier Ortiz, também criticou a postura da mulher de Jay-Z dizendo que ela estava dividindo a população. "Pedimos a todas as organizações trabalhistas dos profissionais da lei para se juntarem ao boicote a todos os seus concertos", pediu em um comunicado.
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