Municípios do Vale do Ivinhema poderão receber oito médicos cubanos pelo Mais Médicos

“Em Mato Grosso do Sul, 22 médicos selecionados na segunda fase do programa começam atender a partir desta segunda”.

José Antônio de Andrade


Oito municípios da Região do Vale do Ivinhema poderão receber médicos cubanos que virão para o Brasil a partir desta segunda-feira (4), pela terceira fase do programa do governo federal, Mais Médicos. Conforme apurou a reportagem, os munícios de Nova Andradina, Taquarussu, Batayporã, Angélica, Novo Horizonte do Sul e Deodápolis, solicitaram 1 médico cada, já Ivinhema e Bataguassu, 2 médicos.

Os municípios de Ivinhema e Taquarussu foram os primeiros a se inscreverem no programa, ainda na primeira fase, no entanto ainda não foram atendidos, já que os municípios não estão entre os que possuem necessidade extrema de médicos. Caso essas cidades sejam atendidas pelo programa e não venham a serem escolhidas por médicos brasileiros, receberam médicos estrangeiros, provavelmente de Cuba.

Entre a primeira e terceira fase do programa 243 profissionais foram solicitados por outros municípios do Estado. Os municípios de Bela Vista, Campo Grande, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã e Tacuru, começam a receber juntas, 22 médicos pela segunda fase do “Mais Médicos”, já nesta segunda (4). Destaque para Campo Grande com 5 médicos, Corumbá e Ponta Porã com 4 médicos, Bela Vista e Tacuru com 2 médicos, os demais municípios da lista, receberão 1 médico cada.

Nova Andradina
O Secretário Municipal de Saúde Silvio Senhorini havia explicado para nossa reportagem, em julho deste ano, que o real motivo pelo qual o município de Nova Andradina, não se cadastrou já na primeira fase do programa, é devido o fato de que o município de Nova Andradina não esta entre as cidades do país, com maior índice de vulnerabilidade social, e que Nova Andradina possuía médicos em todas as unidades básicas do programa “Saúde da Família”.

A reportagem do Jornal da Nova tentou contato por telefone, com o secretario de saúde, Silvio Senhorini, na manhã desta segunda-feira (4), para saber em qual unidade básica de saúde o médico pretendido será designado, ou se será aberto uma nova unidade de saúde em Nova Andradina, caso o município seja atendido pelo programa, mas até o fechamento desta matéria não conseguiu falar com o secretário.

Médicos da segunda chamada começam atender nesta segunda
Os 2.167 médicos estrangeiros que participam da segunda etapa do programa Mais Médicos. Esses profissionais atuarão a partir do dia 4 de novembro, em Unidades Básicas de Saúde de todo o País.

Este grupo se junta aos 1.499 médicos que já estão atuando em regiões carentes do País, sendo 819 brasileiros e 680 estrangeiros, elevando a cobertura do programa de 5 milhões para 13 milhões de brasileiros.

Todos estes profissionais foram avaliados por três semanas por universidades federais que testaram seus conhecimentos em Língua Portuguesa e nos protocolos de atenção básica do SUS.

Mais 3 mil médicos cubanos chegaram nesta segunda
A partir de segunda-feira (4), mais 3.000 profissionais cubanos chegam ao Brasil para ocupar vagas ociosas da segunda etapa do Programa “Mais Médicos”. O primeiro grupo, de 2.600 médicos, desembarca no país até o dia 10 de novembro nas capitais onde vão cursar o módulo de avaliação do programa. Outros 400 chegam na próxima semana.

Esses profissionais serão alocados em postos não preenchidos por candidatos brasileiros e demais estrangeiros do “Mais Médicos”. A previsão é que os 3.000 comecem a atuar nos municípios em dezembro. Com esse reforço, o programa deverá beneficiar mais 10,3 milhões de pessoas que vivem em regiões carentes onde faltam médicos, como o interior e as periferias de grandes cidades.

“Enquanto houver brasileiros sem médico, vamos continuar trazendo profissionais para atuar no programa. O “Mais Médicos” é um primeiro passo para uma grande transformação na saúde do país. A melhoria da assistência em atenção básica aumenta o controle de doenças crônicas, reduz a mortalidade materna e as filas nos hospitais”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A meta do Governo Federal é atender a demanda por 12.996 médicos até março de 2014. Novas seleções serão abertas em 2013. Atualmente, 3.664 profissionais participam do programa, sendo 819 brasileiros e 2.845 estrangeiros. Esses médicos estão atendendo a população de 1.098 municípios e 19 distritos indígenas, a maioria deles no Norte e Nordeste do país.

Sobre o programa
Lançado em 8 de julho pelo Governo Federal, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.

Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo paga pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. Como definido desde o lançamento, os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados e as vagas remanescentes são oferecidas aos estrangeiros.

Programa já surte efeitos
Só em setembro, foram registradas 320 mil consultas realizadas pelos médicos participantes do programa.

Cada profissional do programa atua 40 horas por semana e realiza, diariamente, entre 20 e 30 consultas nas Unidades Básicas de Saúde, ampliando a capacidade de atendimento nas comunidades, sem necessidade de deslocamento desta população aos grandes centros.

A presença deles nas cidades impacta ainda no acesso aos medicamentos. Neste período, 13,8 mil pacientes retiraram medicamentos das farmácias populares com receitas emitidas por médicos do programa.

Investimentos em infraestrutura
Em todo o Brasil, o Ministério da Saúde está investindo R$ 15 bilhões até 2014 para melhorar a infraestrutura dos serviços de saúde, sendo que R$ 7,4 bilhões já estão em execução e R$ 5,5 bilhões são recursos novos, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.

Os recursos novos compreendem R$ 4,9 bilhões para construção de 6 mil UBS e reforma e ampliação de 11,8 mil unidades, e R$ 630 milhões para construção de 225 UPAs.

Os R$ 7,4 bilhões estão distribuídos da seguinte forma:

Unidades básicas de Saúde
R$ 2,4 bilhões destinam-se à reforma, ampliação e construção de aproximadamente 16 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), promovendo melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica.

Para equipar as unidades, estão sendo adquiridos 4.991 equipamentos (desde instrumentos de uso dos profissionais de saúde a mobiliário para as unidades), num investimento de R$ 415 milhões. Os recursos beneficiam 3.968 municípios de todos os Estados.

Urgência e Emergência
Ao todo, 818 hospitais estão em obras, com aplicação de R$ 3,2 bilhões, incluindo a compra de 2.459 equipamentos.

Para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), o Ministério da Saúde está disponibilizando R$ 1,4 bilhão para a realização de obras de construção, reforma e ampliação de 877 estabelecimentos.

Para melhorar a estrutura física das unidades, o Ministério também aumentou a área total mínima das obras. A UBS de porte I aumentou de 153,24 m², para 297,72 m² e a UBS de porte II aumentou de 293,28 m² para 374,04 m². Além disso, estão sendo financiadas UBS de porte III, com 481,32 m², e UBS de porte IV, com 564,84 m².

Além dos recursos de infraestrutura, o Ministério também investe na qualificação da atenção primária, através do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). No primeiro ciclo do programa (2011/2012), 4 mil municípios foram contemplados com um investimento de R$ 874,8 milhões em recursos adicionais. Para o período 2013/2014, o valor total previsto é de R$ 3,3 bilhões, para 4.811 municípios.

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