Pesquisador de MS recebe prêmio ''Guerreiro da Vida Selvagem''

Da REdação


O biólogo Gabriel Massocato é o vencedor do prêmio "Guerreiro da Vida Selvagem", promovido pelo Jardim Zoológico de Houston (Houston Zoo, EUA), que reconhece os pesquisadores de destaque dos projetos apoiados pelo zoo ao redor do mundo. O pesquisador atua desde 2012 na equipe do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, no projeto Tatu-Canastra, realizado no Pantanal e Cerrado, e que tem o zoológico como um dos apoiadores.

Apaixonado pela vida selvagem desde criança, Gabriel é formado pela Universidade Federal da Grande Dourados e iniciou sua atuação em campo com o projeto de pesquisa sobre atropelamentos de vertebrados em Mato Grosso do Sul, em 2010. No projeto do tatu-canastra, participa de ações de pesquisa no Pantanal e mais recentemente no Cerrado.

Ali, o pesquisador é um dos responsáveis pelo trabalho de Ciência Cidadã, que levanta informações sobre a espécie com ajuda das comunidades locais neste bioma. Como o tatu é uma espécie rara e difícil de ser encontrada, o apoio da população de pequenas cidades do estado torna-se indispensável. No Cerrado, os tatus correm reais riscos de extinção, já que se trata de um espaço amplamente fragmentado, com menos de 20% da vegetação nativa.

Assim, o projeto vem mapeando a distribuição das últimas populações de tatus-canastra para criar áreas protegidas e corredores de conservação. Além disso, busca parcerias com órgãos governamentais e instituições para o desenvolvimento de atividades de educação ambiental a alunos de escolas estaduais.

"Esse é um prêmio em equipe, inspirado em todas as pessoas com quem eu trabalho e compartilho minha vida na cidade e no campo, a todas as pessoas que ficam encantadas em conhecer o raro e surpreendente Priodontes Maximus, o tatu-canastra. Hoje eu posso dizer que o tatu-canastra se tornou o meu projeto de vida, esse é o trabalho na qual eu escolhi e sou realizado profissionalmente. O prêmio, certamente, me dá ainda mais força e inspiração na luta diária por essa causa", afirma Gabriel.

Com o prêmio, o pesquisador irá se especializar e passar uma temporada no zoológico, atuando no departamento de Educação e Conservação e participar de um curso intensivo em inglês.

Sobre o IPÊ

O IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas é uma organização não governamental brasileira que trabalha pela conservação da biodiversidade do País, por meio de ciência, educação e negócios sustentáveis. Fundado em 1992, possui título de Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e tem sua sede em Nazaré Paulista (São Paulo).

Presente na Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal e Cerrado, o Instituto realiza por ano cerca de 40 projetos que incluem pesquisa científica de espécies da fauna e flora, ações de educação ambiental e envolvimento comunitário, além de intervenções em paisagens e apoio à construção de políticas públicas relacionadas com a conservação socioambiental. As atividades de educação ambiental e iniciativas conservacionistas alcançam cerca de 10 mil pessoas por ano e são baseadas no Modelo IPÊ de Conservação, criado e implementado pelo instituto ao longo de mais de 23 anos de atuação socioambiental. 

O IPÊ realiza projetos liderados por pesquisadores especializados em diversas áreas do conhecimento. Ao todo, são 80 profissionais, 15 mestres e 10 doutores, que fazem parte também do corpo docente de seu centro de formação que capacita cerca de 500 pessoas por ano em temas socioambientais. Para multiplicar e transferir o conhecimento adquirido em anos de trabalho com conservação, o Instituto possui a ESCAS - Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, que oferece cursos de curta duração, MBA em Gestão de Negócios Socioambientais e Mestrado Profissional.

 

Com Diário Digital

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