Polícia Civil desmonta quadrilha especializada em explodir caixas eletrônicos

Da Redação


O secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, parabenizou os policiais civis da região metropolitana pela prisão de um grupo responsável por sete casos de explosão de caixas eletrônicos em todo Estado. Ao todo, dez pessoas foram presas com drogas, munições, pistola e até um fuzil AK-47.

“Uma ação planejada com muito cuidado”, afirmou Barbosa Filho. “Sempre com utilização de recursos de inteligência e tecnologia. É a Polícia Civil de São Paulo mostrando profissionalismo e eficiência”.

A quadrilha era monitorada pela Unidade de Inteligência Policial (UIP) do Departamento de Polícia Judiciária da Grande São Paulo (Demacro), em uma investigação conduzida pela Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes.

Na madrugada desta quinta-feira (4), 150 policiais em 70 viaturas deram cumprimento a dez mandados de prisão e 30 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça. Além dos detidos, foram encontrados um fuzil AK-47 com 102 munições, uma pistola .40, 38 munições de calibre .45 e três de 9 mm, além de quatro quilos de maconha e seis carros.

Nove detidos foram presos na Capital paulista e um em Mogi das Cruzes, todos por policiais do Grupo de Intervenção e Resposta do Demacro (GIRD). O grupo, criado há três meses com o objetivo de apoiar grandes ações da Polícia Civil na Grande São Paulo, é composto por investigadores e agentes das nove delegacias seccionais da região.

Ações como essa é que ajudaram a reduzir em mais da metade os casos de furto a caixa eletrônico com uso de explosivos, segundo explicou Barbosa Filho. “De janeiro a junho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, o crime teve redução de aproximadamente 60% em todo Estado”, ressaltou o secretário, se referindo à queda de 157 para 66 ocorrências no semestre.

Quadrilha detida

Os dez presos são acusados, inicialmente, de sete casos de explosões de caixas eletrônicos em Mogi das Cruzes, Cajamar, Várzea Paulista, Valinhos, Campinas, Itararé e Itatiba. “Porém, com essas prisões, poderemos solucionar outros casos similares”, explicou Alexandre Batalha, um dos delegados responsáveis pela investigação.

De acordo com as apurações, o grupo foi detido enquanto planejava outros grandes ataques. Os policiais descobriram que os próximos alvos seriam em Salesópolis, Jacareí, Aparecida, Itanhaém e São Roque.

Além de organização criminosa, furto agravado por uso de explosivos, porte ilegal de arma de fogo, o bando responderá por roubo de veículos. Durante as ações, eles assaltavam motoristas e abandonavam os carros nas proximidades.

O delegado informou ainda que parte da quadrilha realizava uma “rifa obrigatória”, para financiar as ações criminosas. “Eles obrigavam pessoas em comunidades na região da zona leste a pagar um valor em troca de um número de rifa valendo um carro de luxo. Estamos investigando e, em breve, iremos prender outros possíveis envolvidos”.

As investigações por parte dos núcleos de inteligência da Polícia Civil prosseguem.

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