Deic prende seis por roubo a carro-forte

Da Redação


Uma força-tarefa desencadeada pela Polícia Civil agiu rápido e conseguiu prender seis integrantes de uma facção criminosa envolvidos no roubo a um carro-forte ocorrido na noite desta quarta-feira (10), em Guaianases, na zona leste da Capital. Os seis detidos nesta madrugada (11) fazem parte de quadrilhas já investigadas por outras ações semelhantes no Estado.

O grupo já era monitorado por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) há cerca de três meses, desde que integrantes do bando tentaram cometer uma ação semelhante, mas foram impedidos pelas polícias Civil e Militar, que apreenderam sete fuzis na ocasião.

Depois disso, devido à perda de recursos ocasionada pelas apreensões da polícia, os criminosos passaram a programar a nova grande ação, na zona leste da São Paulo. A movimentação dos assaltantes foi identificada pelo setor de inteligência do Deic, que montou a operação desta madrugada. 

“Imediatamente nós saímos ao encalço desses marginais e conseguimos, através da força-tarefa e dessa união de forças, localizar e prender seis desses indivíduos”, disse o diretor do Deic, Emygdio Machado Neto. “Outros quatro ou cinco já foram identificados e em breve estarão presos também através de um pedido de prisões temporárias e prisões preventivas”, completou.

“Assim que eles cometeram o crime deu para ter uma ação rápida em razão de a nossa inteligência ter trabalhado com afinco e ter identificado algumas das pessoas”, explicou o delegado Fábio Sanches Sandrini, da 6ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro, da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio do Deic, coordenador da operação. “Essas pessoas que foram presas já faziam parte da investigação. Daí a razão do imediatismo da prisão. Tão logo houve o roubo, nós conseguimos dar uma resposta e localizá-los”, completou.

Sandrini detalhou, ainda, que os detidos estão sendo investigados por envolvimento em roubos anteriores. Segundo ele, dois dos assaltantes confessaram a ação na zona leste. O grupo foi autuado em flagrante por roubo e organização criminosa.

O diretor do Deic afirmou que três ou quatro quadrilhas são as responsáveis por roubos a bases de empresas de transporte de valores e a carros-fortes no Estado. Segundo o delegado, eventualmente, os grupos se unem para cometer os crimes. Ele ressaltou, entretanto, que as investigações ainda prosseguem em conjunto com os departamentos de Polícia Judiciária do Interior (Deinters).

Emygdio enfatizou que as apurações já levaram à prisão cinco pessoas envolvidas no roubo ocorrido em Campinas, duas ligadas à ação em Santos e cerca de quatro acusadas pelo roubo cometido em Ribeirão Preto. 

“Por determinação do secretário da Segurança [Mágino Alves Barbosa Filho] e do delegado-geral [Youssef Abou Chahin] nós estamos unindo forças e tendo sucesso na prisão desses indivíduos. A gente acredita que, com a prisão desses e dos outros que ocorreram nos últimos meses, com certeza houve um abalo na estrutura dessa organização”, destacou o diretor do Deic.

Apreensões

Durante as diligências, as equipes conseguiram identificar o local onde os criminosos guardaram as armas e veículos que depois foram utilizados na ação. No imóvel, onde funciona um bar, foram apreendidos munições de fuzis, dinamites, roupas táticas, luvas, toucas tipo ninja e rádios-comunicadores.

O delegado Artur Dian, do GER, contou que foram apreendidos 10 quilos de explosivos, incluindo cordel detonante. De acordo com ele, as munições de calibres 556 e 762 recolhidas são utilizadas em fuzis AR-15 e AK 74.

A quadrilha usou um caminhão e uma van roubados para bloquear a Rua Antônio Peçanha e impedir que o carro-forte escapasse. Além desses veículos, também foram apreendidos quatro carros pertencentes aos presos.

As equipes do Deic recuperaram R$ 66 mil. Segundo os criminosos disseram à polícia, cada um ficaria com R$ 80 mil, portanto, os policiais civis acreditam que o valor total do roubo não deva passar de R$ 800 mil, já que eram cerca de 10 ou 12 criminosos envolvidos na ação.

Dois dos presos são líderes do bando e desempenham liderança setorial da facção na região onde ocorreu a ação.

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