Cidades & Região / Nova Andradina
Acusado de compra de votos, vereador eleito apresenta defesa em Nova Andradina
Defesa de João Dan é mais um capítulo da operação Bomba Aberta
*Luis Gustavo, Da Redação
O vereador eleito em Nova Andradina, João Dan (PSDB), protocolou defesa contra o pedido de cassação de seu registro de candidatura e diploma nesta segunda-feira (28). No documento, João Dan rebate as acusações feitas em ação judicial de investigação representada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Segundo o MPE, é possível que o vereador eleito tenha cometido o crime de compra de votos por meio de distribuição de combustível.
Em sua defesa, João Dan alega que não cometeu compra de votos e que os documentos juntados pelo MPE não são suficientes para caracterizar tal ato. “[...] o representado é pessoa humilde, agricultor, cliente há 15 anos do posto, não distribuiu combustíveis ilicitamente, não pediu voto ou anuiu com pedido de voto em troca de distribuição de combustível não se aplicando ao caso dos autos a jurisprudência colacionada. Não houve interferência no resultado na eleição, sendo a própria inicial vaga neste aspecto”, afirma trecho do documento protocolado pelo advogado Luiz Henrique Gonçalves Mazzini.
As afirmações são endossadas por três testemunhas, são elas Danilo Ricardo Todescato, gerente do Posto Pena Branca, localizado em Nova Casa Verde, João Petrônio Couto Campos (funcionário do posto) e Marcelo Machado auxiliar administrativo. As três testemunhas reiteraram que não houve acordo firmado anteriormente em troca de favores políticos.
A defesa também alega que o material apreendido pelo MPE, como relação de notas e recibos, vale-abastecimento e histórico de movimentação financeira “não é prova apta para caracterizar captação ilícita de sufrágio”. O Ministério Público cita ainda uma fila de veículos para abastecimento na ocasião de uma carreata de campanha. O fato também é visto pela defesa como insuficiente para se cogitar uma compra de votos e acrescenta que todas as contas do então candidato foram aprovadas pela Justiça Eleitoral à época dos abastecimentos. *Jornal da Nova
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