Operação desmantela quadrilha que planejava resgatar preso da Máxima

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, deflagrou na manhã desta terça-feira (13), a operação “Cerberus”, que investiga organização criminosa especializada no contrabando de armas e que planejava realização de um resgate de preso.

Aproximadamente 30 policiais federais e 20 policiais militares estão cumprindo três mandados de condução coercitiva, um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Três Lagoas. Os mandados estão sendo cumpridos na cidade de Campo Grande, onde o grupo planejava realizar o resgate do presidiário.

As investigações tiveram início em março quando o líder da organização criminosa, de 31 anos, orquestrou tentativa de fuga da Penitenciária de Três Lagoas com o uso de uma pistola calibre 380. Após a primeira tentativa, o presidiário foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, de onde passou a contar com o apoio de sua namorada e de outros três comparsas para contrabandear armas de fogo que seriam revendidas no sudeste do país, além de orquestrar nova tentativa de fuga mediante a rendição e possível assassinato de agentes penitenciários durante escolta para consulta médica.

O nome da operação “Cerberus” faz alusão à criatura responsável por impedir a fuga das almas de criminosos que tentavam escapar do inferno, segundo a mitologia grega.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, posse e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito e fuga de pessoa presa, cujas penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão. Eles estão sendo conduzidos para a Polícia Federal em Campo Grande, onde serão ouvidos e permanecerão à disposição da Justiça Estadual.