A matadora de coelhos

*Ana Cláudia dos Santos


Há aproximadamente 13 anos, nascia para a humanidade aquela que se tornaria a matadora de coelhos: a mais nova assassina, que fazia vítimas a sangue frio e em plena luz do dia.

Numa bela e ensolarada tarde de uma sexta-feira, saía, por volta de umas 16h, uma pequena e forte garota, levando o sofredor filhote que seria sua vítima. Na cesta de sua bicicleta, levava aquele animal miúdo, peludo, de cor cinza, que mais parecia uma bolinha de chumbo. De caso pensado, a assassina levava o bichinho para o emprego de sua cunhada Andressa, local que frequentava todas as tardes. Com seus planos em mente, já havia elaborado a desculpa de que apresentaria o animal às amigas.

Que diabos, uma pessoa em sã consciência passeia de bicicleta com um coelho?

Notava-se de longe que algo não daria certo!

Chegando ao emprego de Andressa, nossa futura criminosa apresenta o novo membro da família, que atendia pelo nome de Chumbinho. A cunhada fica impressionada com tamanha fofura e o pega no colo. Um pouco mais tarde, a jovem menina decide ir embora e sai acompanhada de sua amiga que, por sinal, era cúmplice de seus crimes. O animal até parecia que previa a sua morte, pois se agarrava em Andressa com unhas e dentinhos. Foi só com muito sacrifício que ela conseguiu sair junto com sua vítima em potencial, quer dizer: com seu companheirinho.

Colocando-o na cesta, o bichinho pula, porém, não morre... Ainda!

Colocando o animal novamente no local, a garota anda alguns metros até que, dessa vez, o pobre coelhinho cai e a criminosa, com sangue nos olhos, passa sobre seu pescoço. O coelho ainda luta por sua vida, mas tristemente não sobrevive.

A matadora de coelhos tratou logo de arrumar outro coelho. A substituta era aparentemente igual, porém, havia um detalhe – que se tudo desse certo, passaria despercebido – isto é, os sexos eram diferentes. Fora isso, tudo igual.

Sua irmã, quando chegou em casa, só notou que o coelho novo era mais calmo, mas não percebeu que outro animal estava usurpando o lugar do falecido. A irmã da assassina mirim fica sabendo da notícia quando sua mãe diz que havia sido morto o animal que ela tanto gostava.

Uma semana depois, a pobre coelha desaparece como num passe de mágica.

Agora ficará o suspense no ar: será que a matadora de coelhos continuaria fazendo suas vítimas ou truques mágicos com coelhos havia se tornado realidades?

* Estudante do curso de Agropecuária do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul (IFMS), campus: Nova Andradina. Sou pisciana, distraída, adoro cantar. Gosto de poemas, amo unicórnios: eles me fascinam, apesar de “não existirem”.

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