Advogado condenado por ''instigar'' invasões em Primavera agora irá responder por denunciação caluniosa

Samuel Lucas Procópio foi candidato a vereador por Rosana nas últimas eleições

Da Redação


Nesta semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação, em primeira instância, do advogado Samuel Lucas Procópio, de Rosana (SP) – cidade distante aproximadamente 75 quilômetros de Nova Andradina, por ‘’instigar’’ e coordenar invasões de terras no distrito Primavera. A ação foi promovida pela Promotoria de Justiça. 

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Agora, além da pena que deverá cumprir pelo crime denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE), Procópio – que foi candidato a vereador nas últimas eleições –, terá  que responder por uma nova acusação apresentada pela Promotoria, a de denunciação caluniosa contra uma policial civil.

O inquérito já foi concluído pelo MPE e protocolado na comarca de Rosana. A Justiça acatou o pedido no último dia 6 de outubro e o advogado terá agora 10 dias para apresentar sua defesa, visando se "livrar" de uma nova condenação. A sentença deverá vir nas próximas semanas. 

Desta vez, na época dos fatos, Samuel era investigado por um terceiro crime (além das invasões e de denunciação caluniosa) quando “protocolou na Delegacia de Polícia de Primavera, no Ministério Público e na Corregedoria de Polícia Civil” representação imputando a policial civil inúmeros atos de abuso de autoridade. 

O protocolo culminou na instauração do inquérito policial nº 0002310-98.2014.8.26.0515, em que ela foi investigada. Contudo, “após profunda investigação da Corregedoria de Polícia Civil, ficou cabalmente demonstrado que a referida policial não cometeu nenhum ato de abuso de autoridade, bem como que o denunciado somente realizou tais denúncias com o fito de prejudicar a investigação naquele feito em que estava sendo investigado pela prática do crime de estupro de vulnerável”.

“O fato do denunciado ter sido investigado pela policial civil, ter sido denunciado e estar sendo processado pela prática do crime de estupro de vulnerável, e o inquérito instaurado para apurar o abuso de autoridade ter sido arquivado em razão da inexistência de atos abusivos, deixa certo que o acusado somente realizou a falsa denúncia, que deu causa a abertura de investigação policial, com o fito de prejudicar a servidora, bem como causar imbróglio à investigação”, mostra o MPE em trecho do inquérito que embasa a acusação de denunciação caluniosa contra Samuel Procópio.   

Na manhã desta sexta-feira (13), o Jornal da Nova entrou tentou contato a defesa do advogado, contudo, até o fechamento desta matéria, não foi localizado.

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