Defesa de filho de governador vai esperar vencer prazo de prisão

Rodrigo continua preso no Presídio Militar em Campo Grande

Correio do Estado


A defesa de Rodrigo de Souza e Silva, filho do Governador do Estado, Reinaldo Azambuja, só vai dar início no processo após o prazo da prisão temporária, estabelecido pela Justiça, de cinco dias, que vence no próximo domingo (16) a noite. Ele continua preso no Presídio Militar, no Complexo Penitenciário localizado no Bairro Jardim Noroeste.

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Rodrigo foi preso junto com outros 12 envolvidos na operação Vostok deflagrada na última quarta-feira (12). Outros dois envolvidos, o próprio Governador, Reinaldo Azambuja não teve prisão temporária decretada e José Ricardo Guitti Guimaro, conhecido como “Polaco”, continua foragido.

De acordo com o advogado de defesa, Gustavo Passarelli, ele ainda não teve acesso integral aos autos e vai esperar o fim da prisão temporária. “Em caso de prisão temporária não é comum pedir habeas corpus, vamos esperar o término do prazo para ter acesso ao processo, na verdade nem teve a necessidade de prendê-lo”, disse.

O advogado também representa o chefe do Executivo Estadual e o empresário e pecuarista Élvio Rodrigues, amigo de Azambuja que também está preso. “No caso do Elvio é a mesma coisa, vamos esperar acabar o prazo de prisão temporária”, finalizou.  

Operação

A Operação da Polícia Federal foi denominada “Vostok”, nome de uma estação de pesquisa da Rússia na Antártida que, segundo a PF, é tão fria quanto as notas utilizadas para lavar a propina da JBS. O inquérito da PF apontou que até 30% dos créditos tributários (incentivos fiscais ao grupo JBS) eram revertidos em proveito do grupo, que os policiais federais chamam de “organização criminosa”.

As investigações tiveram início neste ano, tendo como ponto de partida delação de empresários do grupo JBS. A ação envolveu 220 policiais federais que cumpriram 220 mandados de busca e apreensão, 14 de mandados de prisão temporária em Campo Grande, Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes da Laguna e na cidade de Trairão (PA).

Além do governador, do filho dele e de Rodrigues, a Polícia Federal encontrou indícios robustos de participação no esquema dos pecuaristas Francisco Carlos Freire de Oliveira, Ivanildo da Cunha Miranda (também operador do esquema), José Roberto Teixeira (deputado estadual pelo DEM), Márcio Campos Monteiro (ex-deputado federal, ex-secretário de Fazenda e conselheiro do Tribunal de Contas de MS), Miltro Rodrigues Pereira, Nelson Cintra Ribeiro (ex-prefeito de Porto Murtinho e ex-presidente da Fundação de Turismo na gestão Azambuja), Osvane Aparecido Ramos, Rubens Massahiro Matsuda e Zelito Alves Ribeiro. 

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