Consumindo a Vida Moderna

Sinto saudades da época de criança, em que não havia maldade nenhuma, o simples encantava e a inocência era mágica. Não nos preocupávamos com que imagem passar, que bolsa usar ou que carro ter, a alegria estava nos pequenos gestos.

Passam-se os anos e com isso aprendemos muitas coisas, mas a principal delas é “quem eu sou? Sou apenas mais um jovem que mora na favela ou sou patrão?”. Essa indagação faz com que muitos adolescentes, jovens e até mesmo adultos se percam em busca de dinheiro. Essa busca frenética por dinheiro para poder consumir o que quer não é nova, ela vem sendo escrita desde a revolução industrial e se arrasta em níveis críticos até os dias atuais.

Em redes sociais, como o Instagram, a moda é ostentar, ir em lugares caros, comprar em lugares caros, ter o melhor carro, a melhor roupa, o último lançamento da Apple no bolso e a estética impecável. Falar que pagou barato em algo é vergonhoso. Isso não é possível a todas as classes sociais, o que leva muitas pessoas a buscarem a prostituição (principalmente mulheres), drogas, vícios, roubos; fazem de tudo para conseguir dinheiro e manter um status que não é verdadeiro.

É cada vez mais comum as pessoas deixarem de rebocar as paredes, não ter casa própria, não ter um plano de saúde para manterem luxos fúteis. Isso pode se tornar uma compulsão doentia e, cada vez mais, é comum a procura de tratamento para isto.

Uma grande verdade que digo é, os ricos que pensam bem, agem como pobres e ficam cada vez mais ricos e muitos “pobres” que querem pagar de ricos, gastam tudo o que tem, afundam-se em empréstimos e acabam ficando cada vez mais pobres. No mundo de hoje, em que tudo é válido, o que realmente vale a pena?

*Estudante do IFMS. Gosto de comer, dormir, assistir a filmes e séries (o último livro que li foi Harry Potter) e amo açaí