Trabalhadores dos Correios de MS aceitam proposta do TST e retornam ao trabalho na segunda

Da Redação


Em assembleia realizada nesta sexta-feira (13), os trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul aceitaram a proposta do ministro Mauricio Godinho Delgado - do Tribunal Superior do Trabalho (TST) - que propôs a suspensão da greve na audiência de conciliação entre as partes realizada quinta (12), em Brasília. Como contrapartida do retorno ao trabalho, Godinho propôs a manutenção dos termos do último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e do plano de saúde para os pais dos empregados até 2/10, quando o TST deverá julgar o dissídio.

Para a presidente do SINTECT-MS, a greve foi uma resposta à intransigência da empresa que recusava qualquer negociação, inclusive acenando com a suspensão unilateral de todas as garantias contidas no acordo coletivo que tinha validade até o dia 31 de julho, ameaçando suspender o pagamento dos tickets alimentação bem como as demais cláusulas nele contidas. A greve nacional levou o TST a convocar a audiência de conciliação e propor a manutenção integral do acordo até o julgamento definitivo do dissídio. 

Segundo Elaine os trabalhadores vão aguardar os desdobramentos no TST, porém mantiveram o “estado de greve”. “Os trabalhadores retornam de cabeça erguida. O sindicato parabeniza cada trabalhador que fez parte desta luta contra retirada de direitos e arrocho salarial, mostrando que tem gente na categoria disposta a lutar, mostrando que temos forças para enfrentar os planos de desmonte dos Correios e dos direitos trabalhistas.”

Para Elaine, a aceitação passiva dos planos do governo leva apenas a mais perda de direitos e é preciso mostrar para a direção da empresa que isso não vai se dar sem resistência e que a categoria espera que o TST tenha uma postura justa.

O processo estará na pauta de julgamento da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST do dia 2 de outubro, às 14h30.  No julgamento, o TST definirá as relações coletivas de trabalho até a data-base de 2020 e resolverá eventuais questões sobre a greve, iniciada na quarta-feira (11). O ministro destacou que a sessão foi marcada para o início de outubro a fim de que sejam cumpridos os prazos previstos em lei para a realização de atos processuais necessários.

O TST deu prazo para os trabalhadores responderem até terça-feira (17).

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