Com empresário na mira, ação contra milícia une Garras, Gaeco e Choque

Policiais e agentes do Ministério Público estão em condomínio de luxo onde moram os suspeitos

Campo Grande News


Policiais da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) e Batalhão de Choque, além de agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) estão nas ruas de Campo Grande para cumprir mandados em operação desencadeada após investigação sobre a formação de milícia.

O “Campo Grande News” apurou que um dos mandados – não há confirmação sobre se é de prisão ou busca – é contra Jamil Name, empresário conhecido da Capital e apontado como chefe da milícia. Equipes estão em condomínio de luxo no Jardim São Bento, onde mora o alvo, para cumprir a ordem judicial. A chefe do Gaeco, promotora Cristiane Mourão, também está no local. 

Por volta das 6h50, o advogado Renê Siufi chegou ao condomínio, mas não quis falar com a imprensa.

Leia também

|Perícia acha dossiê de fazendeiro em pen-drive de guarda municipal

|Usado em três execuções, fuzil custa R$ 20 mil na fronteira e ''manda recado''

|Após suplica, guarda municipal será transferido para presídio

|Guarda ''suplica'' transferência do Garras para presídio estadual

|Arsenal flagrado em Campo Grande pode ser de milícia com policiais e seguranças

|Garras e Choque apreendem arsenal em residência na Capital

 

Milícia

A investigação é consequência da prisão do guarda municipal Marcelo Rios no dia 19 de maio. Segundo a Garras, ele mantinha arsenal formado por dois fuzis AK-47, quatro calibre .556, uma espingarda calibre 12, 17 pistolas, um revólver e várias munições, além de silenciadores, lunetas e bloqueadores de sinal de tornozeleiras eletrônicas em uma casa na Rua José Luiz Pereira, no Jardim Monte Líbano.

Marcelo Rios, no dia 28 de maio, chegando no Centro de Triagem Anízio Teixeira, no Complexo Penal da Capital; ele foi transferido para o presídio em Mossoró (RN) - Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami

Além de Rios, outros dois guardas municipais e um segurança do empresário foram denunciados pelo Gaeco por obstruir investigação e integrar grupo de extermínio responsável por três execuções em Campo Grande. O processo tramita em sigilo na 3º Vara Criminal de Campo Grande.

Robert Vitor Kopetski, Rafael Antunes Vieira – guardas municipais - e Flávio Narciso Morais da Silva – o segurança – foram denunciados por ameaçar e coagir a esposa de Rios. No dia da prisão, conforme a denúncia, a mulher prestou informações relevantes sobre a atuação de membros do grupo criminoso. Ela disse que além de guarda, o marido atuava na segurança de empresário. Na sequência, a testemunha passou a ser ameaçada pelos três.

Cobertura do Jornal da Nova

Quer ficar por dentro das principais notícias de Nova Andradina, região do Brasil e do mundo? Siga o Jornal da Nova nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!