Júri que pode condenar três pessoas por homicídio é aberto no Fórum de Nova Andradina

Grupo foi denunciado pelo MPE e é acusado de assassinar Ronaldo da Silva Lopes, de 20 anos

Da Redação


O Tribunal do Júri que pode condenar três pessoas pelo homicídio de Ronaldo da Silva Lopes, de 20 anos, ocorrido em maio de 2018, acaba de ser aberto no Fórum de Nova Andradina. O grupo foi denunciado pelo Ministério Público Estadual.  

Os acusados são o empresário Ademir Naide, de 46 anos, conhecido como “Gago”; Mateus Moreira Constantino, de 23 anos, vulgo “Dog” e Maxilaine dos Anjos da Silva, de 30 anos, conhecida como “Soberana”.

Além deles, responderão posteriormente, em outro julgamento, por terem recorrido, Antônio Marcos dos Anjos Silva, de 31 anos, vulgo “Daleste” e Bruno Fabrício da Silva, de 24 anos, vulgo “Lapidado”. Willians Moreira, de 32 anos, vulgo “Bonitão”, também não será julgado nesta segunda-feira (30). Cícera dos Anjos Silva, de 49 anos, mãe de Daleste e Soberana, foi impronunciada, está em liberdade.

A presidente do Júri é a juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, na acusação está o promotor de Justiça, Fabrício Secafen Mingati e na defesa de Ademir Naide estão os advogados Jezualdo Galeski e José Francisco dos Santos, por Maxilaine dos Anjos da Silva está Dr. Marcelo Fernandes e Mateus Moreira Constantino será defendido por Diego Bortoloni Disperati, defensor público.

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À época dos fatos, a vítima foi atingida por diversos disparos de arma de fogo, sendo pelo menos três deles na cabeça. Os autores do delito foram até a residência onde Ronaldo estava, isolaram os demais moradores, inclusive crianças, e executaram o jovem.

Os assassinos, antes dos disparos, fizeram questão de confirmar se o seu nome era Ronaldo. Somente após confirmação é que a vítima foi morta. Durante as investigações foi apurado que Ronaldo havia fugido para Nova Andradina após participar, em Amandina, de um homicídio.

Naquela oportunidade, Ronaldo e seu irmão, Antônio Gabriel Lopes, assassinaram, a golpes de faca e madeira, João dos Anjos, de 35 anos, mais conhecido como "João Maconha". Ocorre que João Maconha era irmão da denunciada Cícera dos Anjos e tio dos denunciados Antônio Marcos e Maxilaine, todos com reconhecido envolvimento com a facção criminosa denominada PCC (Primeiro Comando da Capital), sendo que o “Daleste”, quando aconteceu os fatos, encontrava-se recolhido na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), de onde arquitetou todo o plano criminoso e controlou sua execução. Assim, a motivação do crime não seria outra senão vingança pela morte de João dos Anjos, detalha o MPE.

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