Médico condenado a 13 anos é preso pela Polinter em Campo Grande

Da Redação


O médico Alberto Jorge Rondon de Oliveira, de 63 anos, foi preso por policiais civis lotados na Polinter (Delegacia Especializada de Capturas), nesta quarta-feira (23). A captura ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande. O médico foi localizado em sua residência, na rua 13 de Junho, no bairro Monte Castelo, na Capital.

O mandado de prisão foi expedido na terça-feira (22), pelo juiz titular da 1ª Vara de Execução Penal, Mário José Esbalqueiro, para que se cumpra a pena de 13 anos e meio de reclusão por lesão corporal praticadas em pacientes durante cirurgias plásticas mal sucedidas.

O médico foi conduzido para a sede da Polinter, para a tomada dos devidos procedimentos legais e deverá ser conduzido ao sistema penitenciário.

O caso

Rondon foi denunciado em 2003 por estar envolvido em 16 fatos que teriam acontecido na década de 90. A condenação inicial de, aproximadamente, 40 anos se deu em meados de 2011. Em 2013 foram julgados os recursos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), com reconhecimento de prescrição da pretensão punitiva estatal de parte dos crimes. Depois passou-se ao recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em meados de dezembro de 2018 foi certificado o trânsito em julgado das condenações, mediante a imposição de sanção penal total de 13 anos e seis meses de reclusão, em regime fechado.

Na decisão, a informação é de que até o momento não houve início ao cumprimento da pena referente a fatos complexos na década de 90, com mandado de prisão de primeiro grau em 2011.

O maior problema, de acordo com informações da sentença, foi de que a defesa entrou com pedido para que a pena fosse cumprida em regime domiciliar.

Diante dos fatos, o juiz alegou que “quanto aos crimes, observo que foram fatos reiterados, com lesões graves e gravíssimas para diversas vítimas. A situação se estende há muitos anos, como permite a legislação brasileira. A respeito da situação de saúde exposta, implica debater que o condenado possuiria (os problemas). Não discute a dignidade humana do condenado”, e finalizou com a decisão que determinou a prisão de Rondon.

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