Conheça a história de Batayporã, município completa 56 anos hoje

Município ocupa terras que pertenciam à Companhia Viação São Paulo - Mato Grosso, de Jan Antonín Bata, adquiridas em 1921

Da Redação


Batayporã completa nesta terça-feira, dia 12 de novembro, 56 anos. Conhecida como “Cidade Amizade”, sua população estimada em 2019 é de 11.329 habitantes.

O município ocupa terras que pertenciam à Companhia Viação São Paulo - Mato Grosso, de Jan Antonín Bata, adquiridas em 1921.

Seus fundamentos foram baseados num projeto de colonização implantado em 1953 por Vladimir Kubik, procurador da companhia.

Outra curiosidade é que, diferente de outras cidades, nunca houve a criação de um distrito que antecedeu a instalação do município.

Batayporã foi criada pela Lei N. 1967, de 12 de novembro de 1963. No dia 12 de novembro é comemorada sua emancipação política.

“É uma importância muito grande esses 56 anos de Batayporã, mas o que quero dizer é que coisas melhores virão”, ressaltou o vereador Cícero Leite, presidente da Câmara Municipal.

Na mesma linha, o prefeito do município, Jorge Takahashi, destacou o poder de superação dos moradores diante das limitações de uma cidade pequena.

“Batayporã é um município pequeno e tem problemas financeiros, mas estamos trabalhando, com toda dificuldade, alavancando em busca de conquistas, e a gente vem superando”, disse.

Histórico

Batayporã, fruto de um projeto de colonização do industrial checo Jan Antonín Bata (fundador e idealizador de mais de oitenta cidades em todo o mundo); situa-se em terras que pertenciam à Companhia Viação São Paulo-Mato Grosso, então de propriedade de Jan Bata, que as adquirira em 1921.

A primeira divisa demarcatória foi no Córrego Samambaia, e o primeiro morador da região Venâncio Rodrigues de Abreu e sua esposa Luciana Rodrigues de Abreu. Na seqüência, os primeiros sitiantes nas pessoas de Matias Paulo Cordeiro, Marcelino Manoel da Silva, Francisco Paraibano, Anésio José Rezende, Manuel Nunes Ferreira, Isaías Inácio de Almeida, João Raimundo Vieira.

A implantação do projeto que culminou com a criação da cidade teve início em 1953, na então Fazenda Samambaia (hoje Batayporã), quando chegaram os primeiros adquirentes de lotes, em caravanas chefiadas por Vladimir Kubik, lotes situados nas proximidades do Córrego Alegria. Vários colaboradores devem ser mencionados: Além de Vladimir Kubik (gerente geral da companhia). Viação SP-MT0, Jindrich Trachta (gerente da Cia. Viação SP-MT), João Antonio da Silva, Ataliba Ramos, Mohamed Mustafá, Jindrich Trachta, Paschoal José da Silva, João Tolotti, entre outros. Pela Lei nº. 669, de 11 de Novembro de 1953, publicada no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso, nº. 11062, de 14 de Dezembro de 1953, o pequeno povoado foi elevado à categoria de distrito, com a denominação: “Distrito de Batayporã”. A primeira missa de Batayporã foi celebrada pelo Frei Luís Maria Tomás Flores, em 17 de setembro de 1954. Em 4 de novembro de 1954, por Ato Governamental, foi criado o Cartório de Paz e Tabelionato, e nomeada como tabeliã titular, Marina do Amaral Trachta, em 30 de Outubro do mesmo ano.

O Decreto nº. 2.066, de Março de 1955 criou a primeira escola, que teve como professora Eunice Rodrigues Mustafá, e em 3 de outubro, nove eleitores do Distrito exerceram seu voto numa eleição. A firma Moura Andrade S/A, em 1956, abriu uma estrada, ligando o distrito à Fazenda Primavera, de sua propriedade, possibilitando o acesso aos Estados do Paraná e São Paulo. Em 1957, começaram a chegar os primeiros comerciantes: Luiz Antonio da Silva e Jonas Pedro Nunes, instalando-se, nessa mesma época, a Serraria da Cia. Viação SP-MT, no que hoje é o Bairro Alegria. No dia 12 de Novembro de 1963, através da Lei nº. 1967, o distrito foi desmembrado do município de Nova Andradina. Aqui é preciso destacar que uma comitiva formada por Sinforiano Romero, João Morão, Arlindo Ramos e Elias Caetano de Almeida, esteve na capital, Cuiabá, com uma carta de recomendação assinada pelo vereador Joaquim Gonçalves da Silva, o Joaquim Cearense. Esses quatro pioneiros saíram de Batayporã às quatro e meia da manhã, num Jeep, chegando a Campo Grande às vinte e duas horas e trinta minutos. Dormiram numa pensão e seguiram depois, para a capital do Estado, Cuiabá, de avião, com despesas custeadas de próprio bolso.

Cobertura do Jornal da Nova

Quer ficar por dentro das principais notícias de Nova Andradina, região do Brasil e do mundo? Siga o Jornal da Nova nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!