Conflitos dos EUA custaram mais que o PIB do Brasil

Governo americano assinou acordo de paz com o talibã após quase 20 anos do estouro da guerra do Afeganistão, motivada pelo atentado nas Torres Gêmeas de 11 de setembro de 2001

TV Band


O atentado às Torres Gêmeas é a imagem mais conhecida do conflito entre os americanos e o talibã. Foi depois da morte de quase 3 mil pessoas, em 11 de setembro de 2001, que a guerra do Afeganistão começou. E somente esta semana EUA e Taliban chegaram a um acordo para a retirada das tropas.

A história é conhecida: o presidente George W. Bush enviou milhares de homens para o Oriente Médio em busca de Osama Bin Laden, que se tornou o homem mais procurado do planeta.

Somados, os conflitos no Afeganistão, no Iraque, no Paquistão e na Síria já custaram US$ 5,9 trilhões ao governo americano, segundo um estudo da Universidade de Brown. O valor supera com folga o PIB do Brasil no ano passado.

O número de mortos foi maior do lado afegão. Segundo as Nações Unidas, mais de 100 mil civis morreram desde 2009. No exército, foram mais de quarenta mil mortes desde 2014. Entre os militares americanos e aliados, foram 3,5 mil perdas e mais de 20 mil feridos desde 2001.

Nos EUA, o conflito durou os dois mandatos de George W. Bush e de Barack Obama, além do primeiro de Donald Trump.

Bin Laden

Na lista de baixas da guerra, está o próprio Bin Laden, morto pelos americanos em 2011 no Paquistão. Mas nem a morte do principal líder rebelde acalmou o conflito. Nos anos seguintes, o talibã continuou dominante no Afeganistão, chegando a atuar em 70% do país em 2018, segundo um estudo da BBC.

Mesmo com a presença americana, os fundamentalistas conseguiram arrecadar mais de US$ 1 bilhão nos últimos anos pelo tráfico de drogas, como o ópio, e outros negócios.

A conclusão do acordo de paz se desenhava há alguns meses. Em setembro do ano passado, uma série de tuítes de Donald Trump interrompeu o avanço das conversas. Mas dois meses depois o presidente americano visitou o Afeganistão de surpresa e anunciou a retomada das negociações.

Com a assinatura do acordo, ainda será necessário que as duas partes cumpram suas obrigações nos próximos meses para que a paz volte ao Afeganistão depois de quase 20 anos.

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