Jornalista nova-andradinense na Capital do Coronavírus

Neste sábado (21) foi decretado toque de recolher em Campo Grande

Da Redação


Moradora de Campo Grande, município que registra o maior número de casos confirmados do Covid-19 em Mato Grosso do Sul, a jornalista Elaine Paes está se adaptando à nova rotina imposta pelo Coronavírus. “Nossa rotina mudou de uma hora para outra. Primeiro foi a suspensão da aula das crianças, aí vieram os decretos dos Governos Municipal e Estadual quanto ao fechamento de parques, da maior parte do comércio, a paralisação do transporte público e por último, o anúncio do toque de recolher, neste sábado. Estamos um pouco assustados com tudo isso”, relata.

Elaine conta que as medidas exigiram da família uma nova organização e que a transmissão do vírus é o que mais preocupa. “Nós gostamos muito de sair aqui, de ir aos shoppings da cidade, nas feiras livres, no Parque do Sóter que fica perto de casa ou até mesmo para curtir o tradicional pastel e garapa. Mas nossas saídas estão limitadas ao trabalho, que também deve sofrer mudanças ou para ir ao supermercado e farmácia”, conta.

“Estou totalmente ligada aos noticiários e ver o aumento de casos confirmados – 16 em MS, sendo 15 em Campo Grande – assusta um pouco. Moramos em um apartamento pequeno, e, posso dizer que não está sendo fácil ficar segurar as crianças em casa. Como moramos em um condomínio, muitas crianças saem para brincar e minha caçula fica chorando em casa, querendo brincar também. Confesso que mesmo sendo estritamente necessário, é de cortar o coração primar pelo isolamento social deles. O que faço é dizer para eles que precisamos deixar de fazer o que gostamos por um período, para continuar desfrutando do que amamos, que sem dúvida é a vida deles”.

A jornalista desabafa ainda que o dia-a-dia do marido, o auxiliar farmacêutico Rhullian Quinhones também a preocupa. “Rhullian trabalha em uma farmácia e mesmo diante de medidas e precauções da empresa, o coração da família fica sempre apertado. Além disso, sempre compartilhamos os desafios do nosso dia em casa. Desafios estes, nem sempre positivos diante da prática de muitos campo-grandenses em estocar medicamentos sem necessidade, o que pode comprometer a utilização de quem realmente precisa”.

“Nosso desejo, de coração, era estar no sítio da família, localizado na área rural de Batayporã. Lá não tem internet, o isolamento social é mais fácil, os alimentos são todos saudáveis e a família unida seria a certeza de que tudo está bem. Mas sigamos, fazendo nossa parte, que em breve, estaremos vivendo esses momentos novamente. Nossa torcida é que Nova Andradina não seja impactada e principalmente, que a população esteja consciente de seu papel. Creio que o momento é oportuno para reflexão”.

Cobertura do Jornal da Nova

Quer ficar por dentro das principais notícias de Nova Andradina, região do Brasil e do mundo? Siga o Jornal da Nova nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!