Polícia fecha local de rinha, autua proprietário em R$ 45 mil por maus-tratos e apreende 90 galos de briga

Da Redação


Policiais da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Campo Grande receberam denúncias no sábado (27), versando sobre um local onde funcionaria uma rinha de galos no bairro Nova Lima. No momento da chegada dos militares ambientais, um homem, de 40 anos, identificou-se como proprietário. Ele afirmou que só criava os galos e exportava para a Bolívia para uso em rinhas, mas o local possuía grande estrutura e a equipe acredita que realmente funcionava rinha, conforme a denúncia.

Devido à grande quantidade de materiais, a PMA solicitou apoio ao 9º Batalhão, responsável pelo policiamento da área. Os policiais verificaram no local várias esporas, biqueiras artificiais e gaiolas, onde eram mantidos os animais. Gaiolas de madeira e de ferro extremamente apertadas, especialmente as de madeira, com restrição de movimentos, privação de luz solar e circulação aérea inadequada, o que, por si só, caracteriza-se maus-tratos. No momento chovia e verificou-se que os galos que estavam em gaiolas de ferro também ficavam expostos às intempéries. Todo o material foi apreendido.

Ainda foram apreendidas seringas, remédios, capas para transporte dos galos, além de 90 galos domésticos da espécie galo-índio (Gallus gallus domesticus). Os animais apresentavam diversos ferimentos na crista e peito, bem como todas as aves apresentavam-se mutiladas, com as esporas cortadas, inclusive, algumas dessas esporas foram encontradas no local, sinais característicos de emprego dos animais em rinhas.

 

O infrator, residente no local, foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil na Capital e responderá por crime ambiental de maus-tratos a animais. A PMA confeccionou auto de infração administrativo e aplicou multa de R$ 45 mil contra o infrator.

Os galos e as gaiolas ficaram sob responsabilidade do proprietário da rinha como fiel depositário, devido à falta de local adequado para serem levados. O fiel depositário precisa manter tudo como está, sob pena de prisão e nova autuação administrativa de multa ambiental.

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