Polícia fecha festa em condomínio de luxo e prende proprietário da residência

Depois de muitas denúncias na 3ª Delegacia de Polícia Civil em Campo Grande, versando sobre festas barulhentas e constantes em uma residência no condomínio Dhama III, policiais da PMA (Polícia Militar Ambiental) e Policiais Civis realizaram uma operação iniciada na noite de sexta-feira e concluída na madrugada de sábado (15), para combater a poluição sonora, motivo das denúncias.

Inicialmente, os policiais ambientais foram ao local da festa e mediram com um decibelímetro a pressão de som emitida pela aparelhagem da banda que tocava na festa, sendo constatados até 61,1 decibéis, quando a potência permitida para o horário e região é de 45 decibéis. Isso, se tivessem permitidas festas, as quais estão proibidas por Decreto Municipal.

Depois da constatação do crime ambiental de poluição sonora, as equipes foram ao local, interditaram a festa e efetuaram a prisão em flagrante do dono da residência, de 43 anos. Durante a ocorrência, pessoas que estavam na festa começaram a desacatar os policiais e um dos músicos, de 31 anos, foi preso por desacato. No local foram apreendidos um violão, um acordeom e um cajon (tipo de tambor).

Ambos os infratores foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil. O dono da festa foi autuado em flagrante por crime ambiental de poluição sonora e poderá pegar pena de um a quatro anos de reclusão. Ele também responderá pela infração de descumprimento de medida sanitária preventiva, desobediência e perturbação do sossego. Além disso, a PMA efetuou um auto de infração administrativo e aplicou multa de R$ 15 mil contra o infrator por poluição sonora. O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) julgará o processo administrativo da multa

O músico foi autuado por desacato e saiu depois de assinar TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência).

Segundo a Delegacia, foi arbitrada fiança de 300 salários mínimos ao morador da residência (R$ 313,5 mil) que até a manhã deste sábado não tinha sido paga. Ele responderá por infração de medida sanitária preventiva, desobediência, perturbação da tranquilidade e causar poluição sonora.

Conforme a polícia, não é a primeira vez que o morador se envolve em confusão. Ele já responde a procedimentos administrativos instaurados pelo condomínio.