MPF abre inquérito para investigar gastos de R$ 23,7 milhões em hospitais de campanha de MS

Unidade de Campo Grande atendeu apenas 68 pacientes em três meses

Midiamax


O MPF (Ministério Público Federal) instaurou inquérito civil para apurar eventuais irregularidades aplicação de verbas federais destinadas à implementação de hospitais de campanha para enfrentamento da pandemia de Covid-19 em Mato Grosso do Sul. As duas estruturas foram desativadas após poucos meses de uso.

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Em junho, o “Jornal Midiamax” revelou que o Governo do Estado gastou R$ 23,7 milhões para manter as unidades em Campo Grande e Ponta Porã. Apenas para montar a estrutura na Capital, a administração de Reinaldo Azambuja (PSDB) desembolsou R$ 1,4 milhão.

 

Apenas a unidade instalada no Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, consumiu R$ 15,2 milhões. Em 91 dias de funcionamento, a unidade atendeu apenas 68 pacientes, segundo dados obtidos pela reportagem por meio da Lei Estadual de Acesso à Informação.

 

Na portaria, o procurador Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves considerou que, apesar das informações prestadas por Reinaldo, ainda há a necessidade de averiguar se houve apuração do TCU (Tribunal de Contas da União).

 

Dessa forma, a corte de contas tem 15 dias para informar se analisou as contas do governo especificamente no caso de uso de verba pública federal na montagem dos hospitais de campanha.

 

Além da unidade na Capital, o governo abriu outra em Ponta Porã. O hospital de campanha da cidade fronteiriça ao Paraguai foi aberto em agosto, mas durou apenas dois meses.

 

Em outubro, o governo também decidiu fechar a unidade. 40 leitos clínicos foram transferidos para o Hospital Regional Dr. José de Simone Netto. Esta e outras mudanças custam R$ 3,6 milhões.

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