Só dois assinam e Assembleia enterra CPI que iria apurar gastos de Reinaldo na pandemia

Regimento interno da Casa exige o apoio de, ao menos, oito parlamentares para a abertura de investigação

Midiamax


A instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19 na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul parou na falta de assinaturas. Apenas dois deputados respaldaram o requerimento que pediu a instauração da investigação.

O regimento interno da Assembleia exige o apoio de, ao menos, um terço dos membros do Legislativo - portanto, oito deputados. O requerimento apresentado por João Henrique (PL) foi assinado apenas por ele e pelo colega Capitão Contar (PSL).

O pedido acabou negado pelo presidente da Casa, Paulo Corrêa (PSDB), no último dia 6. A decisão foi publicada somente nesta terça-feira (13).

João Henrique e Contar pediram a instalação de uma CPI aos moldes da comissão em andamento no Senado Federal, a fim de investigar eventuais desvios de recursos e atos de improbidade nas medidas de enfrentamento à pandemia de covid-19 pelo governo de Reinaldo Azambuja (PSDB).

Conforme decisão do presidente da Assembleia, o objeto da apuração apontado no requerimento é “por demais amplo e genérico”, o que vai de encontro à necessidade do chamado fato determinado.

O requerimento do deputado João Henrique havia sido apresentado há aproximadamente um mês.

Se instaurada, a CPI poderia se debruçar sobre irregularidades como as apontadas em relatório do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado), que viu problemas em R$ 12,9 milhões em compras do governo estadual durante a pandemia.

Os R$ 23,7 milhões gastos para instalação de hospitais de campanha - que em Campo Grande atendeu só 68 pacientes - também poderia entrar na mira da comissão. Ao contrário da Assembleia, o MPF (Ministério Público Federal) abriu inquérito para apurar o caso.

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