Policial / Polícia
Fazendeiro é multado em R$ 246,6 mil por incêndio em vegetação nativa pantaneira
Um operador de máquinas teria derrubado uma árvore sobre o fio de sustentação do poste de energia, ocasionando a queda do poste e o fogo
Luis Gustavo, Da Redação
Policiais da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Corumbá realizavam trabalhos preventivos e informativos na "Operação Prolepse", de prevenção aos incêndios, nas propriedades rurais do município de Corumbá e, enquanto visitavam fazendas no dia 15, encontraram em uma propriedade rural, localizada à margem da rodovia MS-325, conhecida como estrada Carandazal, a aproximadamente 150 km da cidade, um incêndio de grande proporção. No dia, os policiais conseguiram informações, de que o fogo teria tido início no dia anterior.
Depois que o incêndio cessou, foi realizada vistoria detalhada no local, buscando identificar a origem do fogo e a equipe policial constatou que o incêndio havia atingido seis fazendas. Nas análises, os policias chegaram até uma fazenda de onde teria sido a origem.
O capataz da propriedade, então, relatou à equipe, que durante a limpeza da vegetação teria acontecido um incidente e que posteriormente o responsável pelo imóvel entraria em contato com a PMA.
Ontem (21), o proprietário da fazenda entrou em contato com a PMA em Corumbá, quando a equipe já havia concluído o relatório, e declarou que durante a limpeza das pastagens, acidentalmente o operador de máquinas teria derrubado uma árvore sobre o fio de sustentação do poste de energia, ocasionando a queda do poste.
Segundo o homem, no mesmo momento teria sido acionada a empresa concessionária de energia, a qual não enviou manutenção ao local. O produtor relatou ainda, que um dia após o ocorrido houve uma explosão e o fogo teria começado e se alastrado para fazendas vizinhas.
Os policiais mediram durante a vistoria com uso de GPS a área queimada de vegetação nativa pantaneira incendiada, que perfez 821,57 hectares. O proprietário, de 51 anos, foi autuado administrativamente e foi multado em R$ 246,6 mil.
Todos os responsáveis poderão responder crime ambiental. Se ficar constatado que o incêndio foi doloso, a pena é de dois a quatro anos de reclusão. Caso seja culposo, como relatou o autuado, a pena é de seis meses a um ano de detenção.
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