PM de Nova Andradina que usava ''carro do Proerd'' para uso pessoal e até viagem de férias é condenado

Veículo Citroen oficial era para uso durante o Programa de Educação e Resistência as Drogas e Violência

Da Redação


Foi condenado a 4 anos e 6 meses de reclusão o segundo sargento da Polícia Militar Leonel Júlio da Cunha, acusado de usar carro oficial para fim particular. O veículo, que seria para uso no Proerd (Programa de Educação e Resistência as Drogas e Violência) na região de Nova Andradina, acabou sendo usado pelo PM até em férias, publicou o “Midiamax”.

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A sentença, publicada em agosto, condenou o policial a 4 anos e 6 meses de reclusão em regime inicial semiaberto, podendo recorrer em liberdade. O Conselho Permanente decidiu por maioria (4x1) condenar o PM pelos crimes de peculato de forma continuada e ainda falsidade ideológica.

Em contato com o Jornal da Nova, o advogado Jean Junior Nunes já entrou com recurso e acredita na inocência de seu cliente.  

 

Caso

Conforme denúncia oferecida pela promotora Tathiana Correa Pereira da Silva, da 24ª Promotora de Justiça da Auditoria Militar Estadual, no dia 22 de novembro de 2016, o Poder Judiciário da Comarca de Ivinhema acautelou um Citröen C5 EX20 para uso junto ao Proerd de Nova Andradina. Em junho de 2017, o comando do 8ª Batalhão da PM repassou o automóvel ao sargento, que era coordenador do programa.

Naquele mesmo ano, o militar desenvolveu o projeto em três escolas da cidade. Porém, no ano seguinte, atuou em apenas uma escola e mesmo assim fazia uso constante do carro, inclusive com abastecimentos diários na conta do Estado. Em 2019, ele não iniciou o programa em nenhuma instituição de ensino, mas seguiu em posse do veículo.

O detalhe é que os superiores não foram informados de que o programa não estava em andamento. Ele sabia que, caso descobrissem, tirariam o veículo dele. Neste sentido, a denúncia afirma que ficou ainda mais evidente a partir deste ponto que o policial usufruiu do bem para interesses próprios.

O caso só foi descoberto quando o comando, durante visita a escolas da cidade, descobriu que o projeto não havia sido implantado em nenhuma unidade. Há registros de abastecimento do Citröen com cartão do Estado em outras cidades, enquanto o militar estava de férias. Para tentar acobertar a farsa, chegou a inserir informações falsas em relatórios. Porém, foi descoberto, indiciado e denunciado. O processo tramita na Vara da Auditoria Militar de Campo Grande.

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