Polícia Civil de Ivinhema desmonta laboratório clandestino de agrotóxicos

Dois suspeitos fabricavam o produto adulterado em um laboratório caseiro, enquanto líder do esquema revendia os agrotóxicos para produtores rurais de toda a região. As suspeitas são de que o indivíduo \"lavava\" o dinheiro obtido em empresas da cidade, inclusive em um clube de pôquer

Da Redação


A Polícia Civil de Ivinhema prendeu, nesta terça-feira (7), três indivíduos por crime contra as relações de consumo. Ao SIG (Setor de Investigações Gerais) da cidade, chegou à informação de que uma propriedade rural de Ivinhema estaria sendo utilizada para atividades ilícitas. Chegando ao local, se depararam com um indivíduo, de 27 anos, que recém havia chego à propriedade dirigindo uma caminhonete. Após avistar os investigadores, o criminoso tentou se evadir com o veículo, tendo parado apenas após um dos policiais realizar disparos contra os pneus.

Dentro da chácara foram encontrados outros dois suspeitos, de 32 e 24 anos, inúmeros galões de agrotóxicos adulterados, uma caixa d'água de 1.000 litros cheia de agrotóxicos em processo de adulteração, matéria prima para a fabricação do produto adulterado, incluindo diversos quilos de inseticida já vencido e que apresentava forte odor, rótulos e tampas falsificados para o envase, bem como uma máquina importada utilizada para selar os produtos por meio de indução eletromagnética. O agrotóxico adulterado, segundo consta das notas de venda encontradas com o fornecedor, estava sendo vendido para inúmeras propriedades rurais que plantam nas cidades da região.

 

Imediatamente os criminosos confessaram o esquema e relataram estar produzindo a substância desde o início do ano na cidade. O criminoso encarregado de fabricar o produto adulterado alegou ainda que já havia sido preso pelo crime no Estado de São Paulo, mas estava respondendo em liberdade.

Foram apreendidos todos os materiais ilícitos e dois veículos utilizados no esquema criminoso.

Frente ao estado de flagrância, foram conduzidas buscas em um bar utilizado como clube de pôquer, onde foram encontrados mais galões do produto e documentos levando a crer se tratar de esquema de lavagem de dinheiro. Na residência do líder do esquema criminoso foram encontrados mais documentos comprovando os crimes e a venda dos agrotóxicos adulterados.

 

Os suspeitos foram autuados em flagrante por crime contra as relações de consumo, com pena de dois a cinco anos de detenção e serão investigados por lavagem de capitais, este último com pena de três a 10 anos.

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