Cerca de 30 mil soldados da Otan se reúnem na Noruega após míssil quase atingir a Polônia

A Rússia recusou o convite para enviar observadores. Os exercícios militares já estavam agendados


A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e países associados começaram a fazer grandes exercícios militares, envolvendo 30 mil soldados, nesta segunda-feira (14) na Noruega.

Planejado há tempos, o exercício "Cold Response 2022" tem como objetivo testar a capacidade da Noruega de receber reforços externos em caso de agressão a um terceiro país (o artigo 5 da Otan prevê uma resposta militar a uma agressão a qualquer um dos países que fazem parte da aliança).

Os exercícios, no entanto, ocorrem em um contexto de crise entre os países ocidentais e a Rússia após a invasão da Ucrânia.

"É um exercício defensivo", disse o chefe do comando norueguês de operações, general Yngve Odlo, à frente das manobras.

"Não é uma operação militar com uma finalidade ofensiva", disse ele, em entrevista à emissora TV2.

Organizadas a cada dois anos, essas manobras marítimas, aéreas, anfíbias e terrestres são realizadas em grandes áreas do território norueguês, inclusive além do Círculo Polar Ártico.

A Rússia recusou o convite para enviar observadores.

"O reforço das capacidades militares da Otan perto das fronteiras da Rússia não contribui para reforçar a segurança da região", disse sua embaixada em Oslo na semana passada.

Os russos "mobilizaram as capacidades de acompanhamento de forma totalmente legítima" das manobras e "espero, realmente, que respeitem os acordos em vigor", afirmou o general Odlo.

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