Com ''Energia Social – Conta de Luz Zero'', famílias de baixa renda economizam em média R$ 130 mensais

Com o valor economizado é possível comprar cesta básica de alimentos com 12 itens, e ainda sobra troco

Bruno Chaves, Subcom


Em Mato Grosso do Sul, 152 mil famílias de baixa renda têm se beneficiado com o programa “Energia Social: Conta de Luz Zero”, que paga a conta de consumidores que utilizam até 220 kw/h por mês. Com a iniciativa do Governo do Estado, cada uma dessas famílias têm economizado uma média de R$ 130 todos os meses, considerando o valor da tarifa e dos tributos incidentes na conta, como Pis/Cofins e iluminação pública. Só para se ter uma ideia do impacto desse programa do governo estadual para a família em situação de vulnerabilidade, uma cesta básica com 12 itens de alimentação entre eles arroz, feijão, macarrão e óleo, está sendo vendida em Campo Grande em torno de R$ 100. 

 

A aposentada Abadia Paes de Souza, de 77 anos, é uma das pessoas contempladas pelo programa. Moradora da Vila Almeida, em Campo Grande, ela diz que agora tem uma conta a menos e que o salário está rendendo mais. "Eu pagava mais ou menos R$ 130, dependendo do mês e de quando uma neta vinha passar uns dias comigo. Eu faço acompanhamento no cardiologista e no ortopedista e com esse dinheiro que sobra eu consigo comprar medicamentos", relata.

 

Outra beneficiária é a diarista Adriana Marques, de 33 anos, moradora do bairro Guanandi, também na Capital. Com o “Energia Social”, os R$ 150 que ela utilizava para pagar a conta de luz agora sobram para outras despesas de casa, como alimentação. "A conta zerada foi uma surpresa muito boa e eu nem esperava por isso. Foi um alívio muito grande e agora posso usar esse dinheiro para outras contas aqui de casa", diz.

Exemplo de conta de energia paga pelo programa

Atualmente, participam do programa 152 mil famílias com inscrição ativa no CadÚnico e na Tarifa Social, do Governo Federal. 

 

Famílias devem se atentar ao consumo

O “Energia Social: Conta de Luz Zero” tem um custo médio mensal de R$ 12 milhões para o Governo do Estado. Esse valor pode variar mês a mês de acordo com o consumo das famílias participantes do programa. 

 

No mês de março, por exemplo, 118,7 mil famílias consumiram até 220 kw/h, se enquadraram nas regras do programa e receberam a fatura do mês zerada, uma vez que os gastos foram pagos pelo Estado. As outras extrapolaram o consumo e perderam o direito da fatura zerada.

 

Para a presidente do Concen (Conselho de Consumidores da Área de Concessão de Energisa), Rosimeire Costa, as famílias de baixa renda devem se atentar à faixa de consumo mensal para não perderem o benefício do programa.

 

“O ‘Energia Social’ complementa um direito que os consumidores de baixa renda têm que é a tarifa social. E as famílias devem olhar o consumo, pois se passar dos 220 kw/h perde o direito dos dois benefícios”, destaca.

 

Recentemente, decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) reajustou em 17,93% as contas de luz de consumidores residenciais da Energisa. Embora o aumento tenha sido colocado em prática para todos os clientes, aqueles de baixa renda não serão impactados por causa do programa “Energia Social: Conta de Luz Zero”, onde o Estado paga as faturas.

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