Delegado afastado após operação em Ponta Porã presta depoimento no Gaeco

Ele ficou quase duas horas no local acompanhado do advogado

Da Redação


O delegado Patrick Linares da Costa foi ouvido na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em Campo Grande, na tarde desta segunda-feira (2). Em aproximadamente duas horas, o delegado prestou esclarecimentos sobre o funcionamento da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, alvo das investigações.

Leia também

| Delegado alvo de operação do Gaeco não estava lotado em Delegacia na época que ocorreu ''propina''

Operação contra ''gananciosos'' cumpriu mandado em casa de policial aposentada de Campo Grande

Policiais civis são alvos do Gaeco em Ponta Porã

 

O delegado compareceu acompanhado do advogado Diego Marcos Gonçalves, que falou ao “Jornal Midiamax” sobre parte do teor do que foi dito na oitiva. Conforme a defesa, Linares foi questionado sobre como funcionavam os procedimentos da Delegacia. Ele também prestou esclarecimentos sobre os depósitos citados pelo Gaeco, que teria recebido, mas não declarado.

Entre os anos de 2017 e 2019, foram feitos 18 depósitos, totalizando R$ 17.060, na conta bancária do delegado. Já na conta da esposa, foram descobertos 190 depósitos que totalizaram o valor de R$ 214.597, com algum tipo de identificação. Outros 86 créditos no valor total de R$ 89.980 não tinham identificação ou estavam precárias, aponta o Gaeco.

 O advogado Diego Marcos Gonçalves - Foto: Leonardo de França/Midiamax

Conforme o advogado, foi esclarecido pelo delegado que os depósitos foram feitos em Ponta Porã, já que havia dúvidas. “Estamos organizando, pedindo extratos, depende da disponibilidade do banco”, disse a defesa. Segundo Diego Marcos, “Todas movimentações são licitas, feitas por eles mesmos”.

“É bom trabalhar no processo quando o cliente é inocente. A gente tem uma facilidade muito grande”, pontuou o advogado. Para ele, será provada inocência do delegado, “Acreditamos na inocência do Patrick e que o desfecho vai ser um arquivamento da investigação”, disse ao "Jornal Midiamax".

Delegado não era lotado na Delegacia alvo da operação quando ocorreu a suposta propina

Como o Jornal da Nova já havia noticiado, o delegado Patrick Linares Costa, não era lotado na 2º Delegacia de Polícia Civil em Ponta Porã, quando, segundo o Gaeco, houve a propina para liberação de um caminhão roubado recuperado.

Em nenhum momento da investigação cita o delegado Patrick na liberação do caminhão, uma vez que, conforme apurou o Jornal da Nova, ele estava como delegado titular na Delegacia de Antônio João e quem liberou o veículo, foi outro delegado até então, não citado em nada na operação do Gaeco.

Patrick, segundo apurou a reportagem, ele estava lotado na Delegacia de Antônio João, desde novembro de 2019.

Diário Oficial do Estado - Foto: Reprodução site do Governo de MS

A reportagem buscou a informação no Diário Oficial do Estado de nº 10.632 do dia 14 de setembro de 2021, na página 234, onde o delegado foi removido por "ex-officio", não queria ir para a 2ª Delegacia de Ponta Porã, mas ordem superior o transferiu.

 Diário Oficial do Estado - Foto: Reprodução/Governo do MS

Cobertura do Jornal da Nova

Quer ficar por dentro das principais notícias de Nova Andradina, região do Brasil e do mundo? Siga o Jornal da Nova nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!