Após 19 anos, comandante da Polícia Militar em MS é demitido por tortura

Em agosto de 2003 major torturou três homens para que confessassem o nome de traficante e praticou corrupção

Da Redação


Foi publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (22) o decreto de demissão do major João Urbano Dominoni Júnior das fileiras da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. O documento assinado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) cumpre decisão judicial.

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O militar foi condenado por uma tortura quase 19 anos atrás. Conforme o julgamento, o ex-comandante da Polícia Militar em Coxim, cometeu o crime de espancar, junto com outros policiais, três homens para que confessassem o nome do traficante que havia vendido uma porção de maconha para ele. As vítimas foram obrigadas a se ajoelhar enquanto recebiam tapas na nuca e cabeça.

 

De acordo com o processo, os policiais subiram nos calcanhares das vítimas, enquanto os agrediam nos pés com uma mangueira e taco de bilhar. Um dos torturados teve ainda orelha apertada por alicate.

 

Em 2004, o major foi condenado a três anos e seis meses de prisão, enquanto os soldados Adauto Tenório dos Santos, Almir Rogério Silva de Oliveira, Rogério da Silva de Oliveira e Tsuyoshi Sonohata foram condenados a dois anos e quatro meses.

 

O major ainda teria cometido em 2003, o crime de corrupção passiva e foi condenado a dois anos e oito meses. Ele foi julgado pelo Tribunal de Justiça, em instância única, que definiu que João Urbano é moralmente incapaz de continuar fazendo parte da Corporação da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Com Campo Grande News

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