Justiça manda prender PRF que matou empresário há 5 anos durante briga no trânsito

Ricardo Hyun Su Moon foi condenado a 23 anos e 4 meses de prisão, em 2019, após matar a tiros o empresário Adriano Correia do Nascimento. O PRF estava em liberdade

Da Redação


A Justiça de Mato Grosso do Sul emitiu na sexta-feira (22), um mandado de prisão contra o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, condenado a 23 anos e 4 meses de prisão pela morte do empresário Adriano Corrêa do Nascimento, após uma briga de trânsito em Campo Grande. O PRF estava em liberdade, mas se apresentou à polícia na tarde deste sábado (23), em Campo Grande.

Em maio de 2021, a Justiça Estadual entendeu que a prisão do policial deveria ocorrer apenas após o julgamento dos recursos nos tribunais superiores, mas, recentemente o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida chegou à conclusão que os recursos apresentados pela defesa de Moon estavam adiando a prisão.

Em 2019, Ricardo Hyun Su Moon foi condenado a mais de 23 anos de prisão pela morte do empresário e outras duas tentativas de homicídio.

Entenda o caso

O crime aconteceu na avenida Ernesto Geisel, em frente ao Horto Florestal, no começo da manhã do dia 31 de dezembro de 2016. O policial alega que estava a caminho do trabalho, quando teria sido fechado no trânsito pela caminhonete conduzida pelo empresário Adriano Corrêa do Nascimento.

No veículo estavam também Aguinaldo Espinosa e Vinícius Cauã Ortiz, à época menor de idade, enteado de Aguinaldo. Eles saíam de uma boate onde estavam consumindo bebida alcoólica, conforme depoimentos juntados ao processo.

O policial afirmou em depoimento que imaginou tratar-se de um atentado, por isso teria descido do carro armado e abordado o motorista. Segundo Moon, ao perceber que os ocupantes estavam embriagados, chamou a Polícia Militar (áudios da ligação foram anexados ao processo) a fim de impedir que Adriano seguisse dirigindo. Ele afirma que o condutor avançou com o veículo em sua direção, momento em que atirou.

Adriano morreu no local. Após os disparos, sem controle, a caminhonete bateu em um poste. Vinícius foi atingido na perna.

O policial foi recolhido à viatura da Polícia Militar e chegou a ficar preso, sendo libertado após o prazo com medidas restritivas. Ele continuou servindo junto à PRF, mas em funções administrativas.

Em entrevista exclusiva ao “G1” em 2018, Moon afirmou que, por conta do que aconteceu, todos os seus anos de estudo não valeram de nada. "O que eu mais prezo é a minha honra e, se eu morrer hoje, ao invés do cara estudioso, vão lembrar apenas do policial assassino", declarou. Com G1/MS

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