Jornalista lança livro com histórias inusitadas e 24 anos de vida no Pantanal

‘Diário de Uma Repórter no Pantanal’ é o livro lançado pela jornalista Cláudia Gaigher. A repórter relembra perrengues e experiências que teve em solo pantaneiro, na Amazônia e no Cerrado

G1/MS


De diários pessoais e folhas de arquivos que vão além das reportagens, o livro "Diário de Uma Repórter no Pantanal", da jornalista Cláudia Gaigher, foi lançado em Campo Grande nesta sexta-feira (21).

Como projeto pessoal e financiado pela Documenta Pantanal, o livro de Gaigher apresenta, de forma poética e vívida, as riquezas e fragilidades de 24 anos de história com o bioma pantaneiro. Além das vivências em solo sul-mato-grossense, a jornalista apresenta ao leitor uma narrativa diferente da já exposta por ela.

Ao invés da telinha da televisão, Gaigher voltou os dedos para o livro e reuniu 30 histórias pessoais. "Eu sempre escrevia os meus textos pessoais. Quando veio o projeto da Documenta Pantanal, eu já tinha muita coisa escrita. No livro tem desde o início da minha vida em Mato Grosso do Sul aos incêndios de 2020. Fizemos uma seleção e busca de assuntos. Apresentamos um livro falando de mim, das minhas impressões e pesquisas", comenta a jornalista em entrevista ao “G1/MS”.

Entre as histórias, os perrengues e bastidores de reportagens estão elencados. Gaigher apresenta ao público uma versão pessoal, diferente da exposta nas reportagens, programas especiais e conteúdos transmitidos na tela da Globo, onde esteve por mais de duas décadas.

"No livro podemos encontrar pesquisas, bastidores, histórias pessoais e eventos que foram importantes para a história brasileira que aconteceram em Mato Grosso do Sul. Ninguém te conhece, a pessoa conhece o profissional que está fazendo a reportagem. Na TV você acaba tendo uma postura mais enrijecida. No livro, sou eu, o livro é Cláudia sem filtro", comenta a escritora.

O lado pessoal de Gaigher é descrito em vários momentos do livro. Logo no começo, a jornalista lembra da pequena capixaba que ia para a floresta junto dos pais aos fins de semana. Histórias impactantes também possuem espaço: como o dia em que a repórter, junto da equipe da TV Morena, foi encoberta por uma nuvem de fumaça durante um dia de incêndio no Pantanal em 2020.

"Uma das histórias mais inusitadas foi quando, junto da equipe da TV Morena, em 2020, fui 'engolida' por uma nuvem gigantesca de fumaça. A gente foi surpreendido por uma situação jamais vista no Brasil. Nuvens que só acontecem em erupções vulcânicas aconteceu no Brasil, eu vi isso de perto. Foi surpreendente e assustador. Mais uma surpresa da força natureza", relembra a jornalista.

Além de Campo Grande, a jornalista já fez o lançamento no Rio de Janeiro e São Paulo. Gaigher tem agenda de lançamento até março de 2023. Entre um projeto e outro, a repórter diz sobre os planos futuros:

"Temos vários lançamentos previstos, recebi vários convites. Além disso, tenho um projeto de criação de conteúdo voltado para streaming, não só no jornalismo. Amo ser jornalista, repórter. Porém, agora quero trabalho em um ritmo diferente do diário. Gostei muito dessa brincadeira de ser escritora. Falo muito melhor com os dedos", finaliza a jornalista.

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