Cultivo e manejo de plantas é tema de capacitação profissional em presídios de MS

Tatyane Santinoni, Agepen


Cultivos de plantas medicinais, aromáticas e condimentares é tema de curso ministrado a reeducandos do Estabelecimento Penal de Amambai. A iniciativa integra parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), com o objetivo de capacitá-los profissionalmente. 

O curso visa a produção e beneficiamento desses tipos de plantas e tem forte apelo econômico e social, com oportunidade de uma ocupação produtiva rentável após o cumprimento da pena. 

Ao todo, 12 internos participaram das atividades teóricas e práticas. Dentre os temas abordados, aprendem sobre identificação das plantas medicinais, aromáticas e condimentares; os fatores que influenciam a produção; propagação das espécies; etapas do cultivo e os tratos culturais das espécies, entre outros. 

Além disso, alunos são instruídos a preparar o solo para a plantação, adubação, poda, irrigação, cuidado com pragas e doenças, colheita, beneficamente das plantas e técnicas de comercialização. 

Segundo a direção da unidade penal, a parceria com o Senar ocorre desde 2019 no local e, somente no último ano, foram realizados cerca de dez cursos aos reeducandos, levando profissionalização e novas oportunidades de vida pós-prisão.  

Três Lagoas  

Já as mulheres que estão em regime fechado no Estabelecimento Penal Feminino de Três Lagoas foram qualificadas em Floricultura, Jardinagem e Paisagismo, pelo Senar.  

Com carga horaria total de 24 horas, as aulas foram ministradas este mês e englobaram conceito de paisagismo e biologia das plantas; manejo de jardim; poda e adubação. 

Para a interna S.H.S., essa qualificação representa esperança na vida em sociedade. “Agradeço a instituição por poder participar do curso, pois agora temos conhecimento técnico sobre plantas e acredito que pode ser um diferencial para conquistar algum serviço lá fora”, afirma. 

Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, todo aprendizado oferecido em cursos profissionalizantes é uma ferramenta que estimula a não reincidência no crime. “O intuito é ocupar produtivamente os apenados, além de ser uma opção de reinserção no mercado de trabalho”, ressalta.

Cobertura do Jornal da Nova

Quer ficar por dentro das principais notícias de Nova Andradina, região do Brasil e do mundo? Siga o Jornal da Nova nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!