Os dois jovens, de 20 e 22 anos, suspeitos de cometerem estupros contra duas adolescentes, de 13 e 16 anos, ganharam liberdade da Justiça na tarde desta quarta-feira (22), apurou o Jornal da Nova.

Leia também

| Em Nova Andradina, após festa de Carnaval, adolescentes são colocadas à força em veículo e estupradas

De acordo com a decisão do juiz Walter Arthur Alge Netto, os jovens foram ganharam liberdade provisória, mas com medidas cautelares.

A reportagem teve acesso com exclusividade das restrições, como proibidos de frequentar bares, prostíbulos, casas de jogos e locais de reputação duvidosa, não podem se ausentar da Comarca sem prévia autorização judicial, terão que se recolher na residência no período noturno e nos dias de folga, entre o período compreendido entre às 20h e 5h e estão proibidos de se aproximarem das vítimas e familiares delas em distância inferior a 300 metros.

Caso os investigados descumprem as medidas, eles podem ser presos preventivamente.

Os jovens foram presos em flagrante na madrugada dessa terça-feira (21), por equipes da Polícia Militar, sob acusação de estupro de vulnerável contra uma adolescente, de 13 anos, e estupro qualificado contra uma adolescente, de 16 anos.

Caso

Conforme apurou o Jornal da Nova, o fato aconteceu quando as menores voltavam do Carnaval que acontecia na cidade e foram abordadas pela dupla em um Ford/Fusion. Os rapazes mandaram as adolescentes entrarem no carro, quando estavam na Praça Geraldo Matos Lima, conhecida como "Praça das Águas".

À polícia, as vítimas contaram que os suspeitos estacionaram o carro em um local ermo e escuro, um dos jovens tirou a garota do banco traseiro e colocou no banco da frente do veículo, enquanto o outro ficou com a outra adolescente no banco de trás.

O suspeito que estava no banco do motorista abriu o zíper de sua calça, colocou o pênis para fora e tentou forçar a menina a fazer sexo oral nele, o que foi recusado por ela (16 anos). O outro obrigou a vítima, de 13 anos, a tirar o short e colocou os dedos em sua genitália.

As meninas começaram a gritar, então os suspeitos deferiram tapas no rosto delas e as deixaram no local a pé, saindo em seguida com o carro.

As vítimas procuraram a Polícia Militar e após rondas pela cidade, uma equipe da Força Tática encontrou e prendeu os dois suspeitos, que foram reconhecidos pelas adolescentes.

Ao delegado de plantão Diego Henrique, a dupla negou os fatos e alega que a relação foi consensual. Também negam que as garotas tenham entrado a força no veículo.  

A DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) sob coordenação da delegada titular Daniela Oliveira, já iniciou as investigações sobre o caso. Várias diligências já estão sendo realizadas nesta quarta-feira (22).

Trabalha na defesa dos jovens o advogado Luiz Henrique Mazzini.