Mulher é mentora intelectual na execução do ''Mirim'' no Assentamento Teijin, diz polícia

Crime foi arquitetado para esconder traição extraconjugal e promessa de pagar R$ 10 mil a ajudante no crime

Da Redação


Bruna Daniela de Oliveira, de 31 anos, presa nessa quarta-feira (13), por investigadores da SIG (Seção de Investigações Gerais) da Delegacia de Polícia Civil em Nova Andradina, é suspeita de tramar a morte de Valdomiro Pereira, de 54 anos, conhecido como “Mirim”, na companhia do comparsa Alex José Alves, de 22 anos, o qual receberia R$ 10 mil para ajudar na execução.

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Assim que a SIG tomou conhecimento do crime, iniciou as investigações no mesmo instante com oitivas de vizinhos, conhecidos e testemunhas, que conseguiu identificar os suspeitos logo na manhã seguinte da descoberta do corpo na residência, que foi localizado por volta das 16h de terça-feira (12).

Alex José Alves, de 22 anos ganharia R$ 10 mil para ajudar na execução do crime - Foto: Redes sociais

Desde então, a SIG, em conjunto com NRI (Núcleo Regional de Inteligência), trabalhou ininterruptamente para esclarecer os detalhes do delito e levar os culpados à Justiça.

No decorrer das investigações, que ganharam novos rumos na quarta-feira (13), a polícia descobriu que uma quantia substancial de dinheiro havia sido retirada da conta bancária da vítima, após sua morte. Este novo elemento contribuiu ao caso, aumentando a urgência em identificar os responsáveis pelo ato.

Objetos da vítima recuperados e celulares apreendidos - Foto: Polícia Civil/Divulgação

As diligências conduzidas pela SIG permitiram que os investigadores identificassem dois suspeitos, Alex José, de 22 anos e Bruna Daniela, de 31 anos. Com estas informações em mãos, os policiais iniciaram uma busca intensiva para localizar os suspeitos.

Em trabalho conjunto com o serviço de inteligência policial de Nova Andradina, o suspeito Alex José foi localizado em uma rodovia que conecta Nova Andradina ao município de Taquarussu. Durante a entrevista, o suspeito confessou sua participação no crime e forneceu maiores informações à investigação.

Momento das diligências na noite de ontem - Foto: Polícia Civil/Divulgação

A busca pela Bruna, levou os investigadores até um posto de combustível na cidade de Taquarussu, onde ela foi detida. Durante sua entrevista, ela também confessou sua participação no crime e na subsequente movimentação financeira da conta da vítima.

Ambos os suspeitos confessaram a prática delituosa, mas também a manipulação das câmeras de segurança da residência da vítima, do DVR e do celular da vítima. Essas ações tinham como objetivo dificultar a identificação da autoria.

Momento que os suspeitos chegam presos na Delegacia de Polícia na madrugada desta quinta-feira (14) - Foto: Jornal da Nova

A equipe de investigadores conseguiu recuperar grande parte desses objetos, que estavam dispersos na mata às margens da rodovia que liga Nova Andradina ao distrito de Nova Casa Verde, a 60 km do centro da cidade.

“Por fim, vale informar que, com as investigações e com os procedimentos de Polícia Judiciária, foi possível chegar à motivação do delito, sendo este motivado por uma relação extraconjugal da suspeita com a vítima, tendo a vítima revelado vontade de contar para o marido da investigada essa relação. Logo, Bruna convidou seu comparsa para realizar o crime em questão, ofertando R$ 10 mil. Após a consumação do fato, ambos decidiram, em posse dos dados bancários da vítima, realizar transferências via PIX de sua conta bancária para terceiros", explica o delegado Caio Bicalho.

Delegado da SIG Caio Bicalho durante coletiva à imprensa - Foto: Jornal da Nova

Em depoimento Alex José teria dito que Bruna Daniela quem pegou a arma no carro da vítima, um revólver 357 e tentado passar a ele, mas sem coragem, ela mesmo teria efetuado os tiros contra “Mirim”, que morreu na hora atingido com três disparos na região do tórax.

Os investigados foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Nova Andradina sem sofrerem qualquer tipo de violência física, moral ou psicológica, a fim de que sejam tomadas as medidas legais cabíveis. O avanço nas investigações e as confissões dos envolvidos são passos significativos para a resolução do crime e a entrega de Justiça à família da vítima.

Ação policial foi ininterrupta desde a comunicação do crime até a prisão dos suspeitos - Foto: Jornal da Nova

“A polícia continua trabalhando diligentemente para reunir todas as evidências necessárias e completar o procedimento de Polícia Judiciária”, finaliza do delegado.

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