Papa avalia que pena de morte é ''inadmissível''

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O papa Francisco afirmou que a pena de morte é "inadmissível" e que representa uma "falência" do Estado de Direito. A declaração foi feita à Comissão Internacional Contra a Pena de Morte, recebida no Vaticano nesta sexta-feira.

"Representa a falência porque obriga a morte em nome da justiça", criticou o líder da Igreja Católica, ressaltando que a "justiça humana é, entre outras coisas, imperfeita e pode errar".

E prosseguiu: "em toda a história, houve debates sobre os mecanismos para matar que reduzem a agonia e o sofrimento do condenado, mas a verdade é que não existe um modo humano para matar alguém".

De acordo com Francisco, as condenações à prisão perpétua também podem ser consideradas um tipo de pena de morte, já que "impedem a projeção de um futuro".

"Pode ser considerada uma pena de morte escondida, pois não priva a pessoa apenas de sua liberdade, e sim, da esperança também", disse o papa.

Por fim, o pontífice afirmou que, além da pena de morte, os países matam seus próprios cidadãos quando "levam a população a guerras e quando fazem execuções extrajudiciais e sumárias". "É possível que o Estado mate alguém até mesmo quando não garante ao seu povo o acesso aos bens essenciais para a vida", explicou o Papa.

Desde que assumiu a liderança da Igreja Católica, em março de 2013, o papa Francisco tem feito críticas à maneira como os Estados marginalizam as pessoas e corrompem seus direitos ao impedir o acesso a necessidades básicas.

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