Cresce quantidade de pessoas em situação de rua em Nova Andradina

Vias públicas da Cidade Sorriso têm recebido nos últimos tempos pessoas de várias regiões do país

Da Redação


Em Nova Andradina, a cada dia que passa cresce o número de moradores em situação de rua. O reflexo cotidiano é visível para quem passa pelo terminal rodoviário, praças do centro e principalmente em frente de supermercados, restaurantes e agências bancárias.

Além do aumento da população de rua, também tem a mudança de perfil. Ainda não há um levantamento específico para demonstrar tal alteração. Porém, os próprios agentes de segurança pública, bem como a população que reside ou trabalha em áreas de concentração de moradores de rua, vêm percebendo atitudes mais agressivas.

Exemplos são claros quando eles pedem dinheiro da pessoa que sai de um estabelecimento comercial e vai para seu carro, se existe a negativa, xingam e até ameaçam, como já houve registros policiais.

“Eles sempre aproximam calmamente, sorriem e pedem dinheiro, quase que pedindo desculpas por isso”, disse um comerciante que observa os movimentos dos moradores em situação de rua quase todos os dias

 Morador em situação de rua contou que perdeu emprego - Foto: Jornal da Nova

“Ele conta que o papo é o de sempre, veio de uma cidade vizinha pois a família o abandonou, as pessoas da cidade são todas ruins e viram a cara para ele. Mas que Nova Andradina é uma cidade acolhedora, pois a Prefeitura Municipal dá comida e condições para eles viverem nessa situação”, frisa o comerciante.

Na semana passada o Jornal da Nova esteve conversando com alguns moradores em situação de rua, a maioria tem moradia na cidade, mas preferem estar nas ruas do que dentro de casa no ambiente familiar.

Outros porque perderam emprego ou separam da mulher, sem ter nenhum parente a quem pudesse recorrer, pela primeira vez seu endereço não existe mais. O que cumpre precariamente a função de um lar são cobertores velhos e pedaços de papelão, que cada dia são montados em um local diferente.

A pernoite dessas pessoas são o terminal rodoviário, praças, prédios públicos e até embaixo de marquises de igrejas.

 A maioria deixou suas casas por conflito familiar ou financeira - Foto: Jornal da Nova

O dinheiro arrecadado muita das vezes não é para comer e sim bebida alcoólica e até para uso de drogas. Na Delegacia de Polícia existe vários registros de casos violentos após uso dessas substâncias.

A reportagem apurou que recebem refeições da Prefeitura Municipal por meio do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e pela Casa do Migrante, assim como banhos.

A Semcias (Secretária Municipal de Cidadania e Assistência Social) por meio da secretária Delma Prado, tem trabalhado para encaminhar os moradores para suas famílias ou cidades de origem, mas segundo ela, é um trabalho árduo que requer muita atenção.

 Terminal rodoviário serve para abrigar os moradores em situação de rua - Foto: Jornal da Nova

A secretária também disse realiza a intermediação com o mercado de trabalho, encaminhando alguns para trabalhar em fazendas e, em outras empresas.

“Estamos juntos na inclusão social dessas pessoas, temos ações que vão desde o favorecimento da promoção de autonomia econômica, por meio da qualificação socioprofissional e da inserção no mercado de trabalho e ao incentivo ao empreendedorismo. Para isso, as empresas oferecem vagas de emprego ou de qualificação profissional e a Semcias encaminha as pessoas para entrevista e contratação”, disse Delma. 

A Polícia Militar também realizou várias ações juntamente com a Semcias em vários dias na cidade.

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