STJ rejeita recurso e mantém pena de Juliano Ferro filmado com pistola

Prefeito de Ivinhema foi condenado a 3 anos de prisão por posse ilegal de arma de fogo

Da Redação


Por unanimidade, ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) rejeitaram agravos movidos pela defesa do prefeito de Ivinhema, Juliano "Ferro" Barros Donato (PSDB), sobre a condenação de três anos e seis meses de prisão por um vídeo publicado pelo político, onde aparece manuseando uma pistola.

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Segundo o “Campo Grande News”, os advogados que compõem a defesa do prefeito tucano solicitaram que a pena fosse suspensa até que o julgamento do habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). No entanto, o ministro Messod Azulay Neto votou pela manutenção do julgamento anterior e negou o pedido.

Neto justificou, em 18 de abril, que o embargante estaria buscando a reversão do julgamento "[...] em razão do seu inconformismo". "além de configurar evidente inovação recursal, não merece deferimento na medida em que a Terceira Seção deste Tribunal Superior submeteu a controvérsia relativa à aplicação retroativa ao rito dos recursos repetitivos, sem determinar a suspensão do trâmite dos processos pendentes", destaca o ministro.

Além de Neto, a ministra Daniela Teixeira e os ministros Jesuíno Rissato (Desembargador Convocado do TJDFT), Otávio de Almeida Toledo (Desembargador Convocado do TJSP), Sebastião Reis Júnior, Rogerio Schietti Cruz, Reynaldo Soares da Fonseca e Joel Ilan Paciornik votaram a favor do relator.

Conforme noticiado, o Tribunal já havia provido recurso que reduzia a pena do prefeito em seis meses. No entanto, o ministro Reis (relator do agravo à época) não cedeu o direito de celebrar acordo de não persecução penal.

Juliano Ferro

Sobre o caso, ao “Midiamax”, o prefeito alega que seu crime “não se enquadra na questão da ficha suja”.

“Isso aí está na mão dos meus advogados, estava no STJ e agora subimos para o STF. E ainda tem muitos trâmites para acontecer e a gente não enxerga que perde o mandato”, afirmou.

A condenação em questão deu pena de 3 anos e 6 meses foi reduzida para 3 anos. Além disso, o cumprimento, que seria em regime semiaberto, passa para substituição em medidas cautelares.

A defesa do prefeito pediu que a condenação fosse suspensa até o julgamento do habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). Contudo, teve o pedido negado pelo STJ.

A ação é relatada pelo ministro Messod Azulay Neto, que votou pela manutenção do julgamento anterior. No voto, o ministro afirmou que Juliano Ferro estaria ‘inconformado' com a decisão.

“O embargante busca, por via oblíqua, a reversão do julgado em razão do seu inconformismo, o que não se coaduna com a estreita via dos embargos de declaração”, sustentou o ministro relator.

Assim, em sessão de 18 de abril, os ministros da Terceira Seção do STJ votaram de forma unânime pela rejeição dos embargos. O Supremo já havia mantido a condenação e reduzido a pena do prefeito de Ivinhema em decisão de agosto de 2023.

Histórico 

Compartilhado em grupos, o vídeo registrado durante festa entre amigos foi usado como prova no inquérito policial por porte ilegal de arma de fogo. Na época, Ferro era vereador e teria usado uma pistola para abrir uma garrafa de cerveja.

De acordo com os autos, o parlamentar negou que fosse a pessoa que apareceu com a arma. No entanto, em depoimento, a esposa do atual prefeito confirmou que ele possuía uma pistola 380 desde 2009 e a utilizava para segurança da família. Antes da busca e apreensão, o político se desfez do equipamento. Com informações do Campo Grande News e Midiamax

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