A população atingida pelas enchentes no Rio Grande do Sul registrou 23.441 avisos de sinistros a seguradoras, que somados chegam a R$ 1,673 bilhão em indenizações. Os dados são de um levantamento feito pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) junto a 140 associadas, entre 28 de abril e 22 de maio.

A maioria das procuras por indenizações nas seguradoras foram de seguros residenciais e habitacionais, que somam ao menos 11 mil sinistros e cerca de R$ 240 milhões em pagamentos. O seguro de automóveis está em segundo lugar, com 8.216 registros, mas foi o que mais gerou indenizações, de R$ 557,4 milhões.

O seguro agrícola totaliza 993 registros e R$ 47 milhões em indenizações aos produtores agrícolas. Além disso, o seguro contra grandes riscos registrou 386 sinistros, atingindo R$ 507 milhões em indenizações.

Outros seguros (como empresarial, transporte, riscos adversos e riscos de engenharia) já registraram 2.450 avisos de sinistros e indenizações de R$ 322,1 milhões.

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, diz que os número são preliminares. “A maioria das solicitações de indenizações ainda não foi reportada pelos clientes às seguradoras. Os clientes residenciais, de automóveis, de propriedades agrícolas ou corporativas ainda estão contabilizando suas perdas e não acionaram suas seguradoras”, comenta, acrescentando que as estimativas sobre impactos nos danos patrimoniais ainda são “precipitadas”.

Afetados pelas enchentes

Segundo boletim divulgado às 9h de quarta-feira (22) pela Defesa Civil local, a tragédia no Rio Grande do Sul já deixou ao menos 161 mortos e 806 feridos.

Outras 82 pessoas estão desaparecidas, e 68.345 gaúchos estão em abrigos. A população afetada — em 467 municípios do RS, mais de 92% do estado — ultrapassa 2,3 milhões.

Os desalojados somam 581.633. As forças de resgate já salvaram 82.666 pessoas e 12.358 animais.