Músico da ConeCrew Diretoria é detido no palco em Paty do Alferes


O músico André da Cruz Teixeira Leite, conhecido como Cert, da banda ConeCrew Diretoria, foi detido no palco enquanto fazia um show em Paty do Alferes, RJ, na madrugada deste domingo (7). Segundo a Polícia Militar (PM), a ação aconteceu durante a Festa do Tomate, após parte do público que assistia à apresentação reclamar de apologia às drogas e críticas à PM.

De acordo com a PM, o vocalista foi encaminhado à 88ª Delegacia de Polícia (Barra do Piraí), que registra as ocorrências da região neste fim de semana. Durante a manhã, Cert e testemunhas foram ouvidos, e o cantor foi liberado após assinar um "termo circunstanciado". Procurada pelo "G1", a delegacia não confirmou em que crime o músico foi autuado, e disse apenas que as investigações seguiriam em sigilo.

Em comunicado, divulgado por um representante da banda nesta tarde, os músicos se pronunciaram sobre o ocorrido. Leia na íntegra:

"Nós da Cone Crew sempre defenderemos a liberdade de expressão.

Ontem, durante uma apresentação, fomos detidos simplesmente por não podermos nos expressar do jeito que queríamos e estamos acostumados a fazer.

O setlist seguia normalmente, como feito nos 250 shows que a banda faz por ano, quando fomos surpreendidos na penúltima música.

Todos os integrantes receberam voz de prisão por apologia, mas apenas Cert foi preso e isso não tem nada a ver com o processo anterior, quando foi denunciado por tráfico, porém reconhecido como usuário na sentença.

Cert foi solto na manhã deste domingo (7).

A Cone Crew exige liberdade de expressão, seja ela cultural ou de manifesto.

Todos sabem que em nosso posicionamento nunca escondemos ser a favor da legalização da maconha, assim como ex-presidenciáveis também são.

Isso nos lembra o episódio da prisão do Planet Hemp, há 18 anos atrás.

Nada mudou?"

Segundo caso policial em 2015
Em fevereiro desde ano, de 2015, o artista foi preso em Miguel Pereira, RJ, com quatro pés de maconha em um condomínio e autuado por tráfico de drogas. Procurado pelo "G1", na época, o empresário do grupo informou discordava da autuação, uma vez que uma pessoa que cultiva maconha em casa para consumo próprio é "justamente contra o tráfico de drogas".

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