Ciúmes pode ser a motivação do crime que levou Fernanda Ribeiro a morte

Notebook revela várias mensagens com outros homens e até com uma testemunha

Da Redação


Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, morta no dia 28 de abril entre as cidades de Batayporã e Nova Andradina, tinha um sonho de se casar com o advogado Alexandre França Pessoa, de 42 anos, preso preventivamente no Presídio Militar em Campo Grande, suspeito do assassinato.

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Depoimento de testemunhas e mensagens printadas no notebook pessoal dela, apreendido pela Polícia Civil, há várias pessoas com quem flertava via aplicativo de mensagens, entre elas, uma autoridade do Poder Judiciário do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Alexandre, segundo testemunhas e mensagens, prometia se casar com Fernanda Ribeiro, afirmava uma vida a dois com muito amor, mas antes estava em processo de separação, o que impedia no momento. Uma das testemunhas disse que a vítima estava toda empolgada e até estava convidando alguns amigos e amigas para fazerem parte da cerimônia, como madrinhas e padrinhos.

Em um dos depoimentos, um jovem, de 27 anos, disse que Fernanda não costumada dormir fora de casa, mas mantinha uma relação com Alexandre e desejaria se casar com ele, entretanto, ele ainda seria casado, mas ele assegurava que já estaria separado da antiga mulher, que apenas morava junto por estar pendente a divisão de bens.

Essa testemunha também disse que Alexandre e Fernanda se viam todos os dias, e muita das vezes em frente à residência da vítima, dentro do veículo Ford/Fusion de cor preta.

Uma das mensagens que foram descobertas no notebook da vítima - Foto: Reprodução/Jornal da Nova

A testemunha, de 27 anos, afirmou em depoimento que a vítima, teria “ficado” com um amigo, de 37 anos, que também é testemunha do caso, para fins de ameaçar ele, no sentido de contar a relação de traição para a sua mulher.

Entre outras mensagens, havia outros homens, o que pode revelar a motivação para o crime ter sido ciúmes, tanto que, em vários testemunhos, ficam claros as insinuações.

No notebook da vítima, foi encontrado print do contrato de união estável rasgado, acordo esse que chegou a ser divulgado por várias vezes nas redes sociais. Tudo que acontecia ao redor de Fernanda Ribeiro, ela printava e guardava, como algumas ameaças de terceiros e conversas com o principal suspeito de cometer o crime, Alexandre Pessoa.

Uma testemunha, de 18 anos, teria percebido na quarta-feira (28), dia em que ocorreria o crime, mas na hora do almoço, que Alexandre e Fernanda teriam brigado e por telefone, ouviu a vítima brigando com o suspeito. A testemunha não ouviu o teor da briga, mas que o problema entre eles estaria sempre relacionado com a ex-mulher de Alexandre. “Alexandre e Fernanda sempre brigavam por telefone, principalmente pelo motivo da ex-mulher e ciúmes”, cravou em depoimento à polícia.

Nesta parte, na conclusão da polícia, eles afirmam que o investigado e a vítima, possuíam uma relacionamento estável há mais de ano, inclusive com contrato de União Estável de Convivência Duradoura, conforme demonstrado na imagem print encontrada no notebook.

“Percebemos que a vítima demonstrava um amor intenso pelo investigado, e, que por mais que ela rompesse, o relacionamento sempre perdoava o investigado, mesmo ele não cumprindo com as promessas feitas a ela”, diz a polícia no relatório investigativo.

Outras duas conversas com outros dois homens - Foto: Reprodução/Jornal da Nova

Ficou claro na investigação que por mais que a vítima mantivesse relações extraconjugais, nutria sentimento de amor apenas ao investigado.

Ainda, é perceptível que as brigas entre o investigado e a vítima se davam por razões de que ele, inobstante mantivesse união estável junto a ela, nunca se desvinculava de sua ex-convivente, fato que gerava diversas discussões.

Ademais, possível se concluir que a vítima teria mantido relacionamentos extraconjugais sem que Alexandre soubesse, tanto é que, conforme os prints encontrados no notebook, ela teria, expressamente, dito a ele que nunca o trairia.

Outrossim, consoante teor das mensagens acima apresentadas, Alexandre nutria a permanência do relacionamento junto a vítima, sob promessas de que sairia do convívio de sua ex-convivente e que passaria a conviver somente com Fernanda.

 Materiais foram apreendidos durante a investigação - Foto: Arquivo/Jornal da Nova

Em outros prints, a vítima tirou fotos de partes do corpo com vários hematomas, que não restam dúvidas de que ela sofria agressões. Em síntese, Alexandre Pessoa e Fernanda Ribeiro mantinham relação de convivência, considerando-se como se um casal fossem, tanto é que teriam registrado suas vontades em Cartório na cidade de Campo Grande e, todo o relacionamento era problemático e conturbado, principalmente pelo fato de que Alexandre não se afastava de sua ex-convivente, causando brigas e separações contínuas entre ele e a vítima.

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