Policial / Polícia
Quase um ano após ser condenado, assassino de Marielle é preso em Coxim
Crime aconteceu no dia 20 de novembro de 2015 na cidade de Ivinhema
Da Redação
Quase um ano após condenação, Caio Valvassori Staut, de 25 anos, foi preso nesta terça-feira (23), em Coxim, após juiz da Comarca de Ivinhema expedir mandado de prisão pelo assassinato de Marielle Andrade Vieira, de 18 anos, que foi morta com um tiro na nuca, em 20 de novembro de 2015, em Ivinhema.
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Caio Staut, que hoje exerce a profissão de dentista, se entregou na Delegacia de Polícia Civil de Coxim. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches no último dia (15), conforme publicação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
“Certificado o trânsito em julgado da sentença condenatória, expeça-se o respectivo mandado de prisão, observada a pena aplicada de 12 anos de reclusão no regime inicial fechado”, diz trecho dos autos. O magistrado também pediu para incluir o nome de Caio Staut no BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão).
“Após cumprida a ordem de prisão, expeça-se a guia de execução da pena e a encaminhe para o juízo da Vara de Execuções Penais competente. Proceda-se, ainda, com as comunicações necessárias. Em relação à arma e munições apreendidas, nos termos do art. 25 da Lei n. 10.826/03, determino o seu encaminhamento para o Comando do Exército para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas. Quanto à toalha de rosto de cor verde (f. 51/52), determino sua destruição”, finaliza o documento.
A defesa se manifestou dizendo que aguardava a expedição do mandado de prisão para que Caio Staut se apresentasse, espontaneamente, perante a autoridade competente no município de Coxim, o que foi feito nesta terça-feira (23).
Em 23 de setembro do ano passado, Caio foi julgado pelo Tribunal do Júri de Dourados, contudo, a sentença proferida pelo juiz Eguiliell Ricardo da Silva, indicava que o réu “poderia apelar em liberdade, diante da ausência de receio de perigo e da inexistência concreta de fatos novos ou contemporâneos para se decretar sua prisão preventiva”.
Caio Valvassori Staut chegou a ser preso em flagrante no dia do crime, mas desde o habeas corpus concedido em 1º de março de 2016, respondeu ao processo em liberdade. Marielle foi morta dentro de uma casa, no centro de Ivinhema, durante uma festa. A defesa alegou que Caio queria dar apenas um susto em Marielle e que achava que a arma estava sem munição.
Por fim, a maioria dos jurados concordou que a conduta de Caio, “por provocar a morte da vítima, decorreu de culpa, consistente em imprudência de disparar a arma de fogo, sem a devida cautela, infringindo o dever de cuidado”.
O réu também foi interrogado durante o júri popular, mas a sentença indicava que “o motivo do crime não foi esclarecido”. A princípio, a pena imposta ao réu seria de 16 anos e 6 meses de reclusão. Porém, acabou sendo reduzida para 12 anos em regime inicial fechado, mas com a possibilidade de o jovem recorrer da decisão em liberdade.
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