Cidades & Região / Nova Andradina
Ex-secretária e ex-subsecretária da Semcias são denunciadas por supostos desvios de cobertores
Ambas foram alvos da Operação Cobertor Curto deflagrada em 25 de julho de 2022
Da Redação
A ex-secretária Julliana Caetano Ortega e a ex-subsecretária Ana Kelly Pereira Clemente foram denunciadas pelo MPE (Ministério Público Estadual) por supostos desvios de cobertores. Ambas foram alvos da “Operação Cobertor Curto” deflagrada em 25 de julho de 2022, pela 1ª Promotoria de Justiça sob o comando do Promotor Paulo Henrique Mendonça de Freitas.
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Além delas, outras duas servidoras foram denunciadas, Fabiana Barbosa dos Santos e Luana Tayna Duarte. Uma ex-servidora também foi denunciada, Fernanda Regina Lopes Reis Giordano.
Um sexto envolvido, membro da Igreja Assembleia de Deus Belém, que fazia parte da Associação Peixe Pão, também foi denunciado, foi identificado por Joel Pereira dos Santos.
Conforme apuração do Jornal da Nova, as suspeitas, Ana Kelly, Julliana Ortega e a servidora Luana, em comunhão de esforços e desígnios, praticaram o crime de falsificação de documentos públicos (lista de beneficiários), com o fim de dissimular os desvios dos cobertores.
Já a servidora Fabiana Barbosa dos Santos, em tese, teria praticado o crime de falsidade ideológica junto com Julliana Ortega e Ana Kelly, em ofícios do Creas (Centro de Referência de Assistência Social).
Segundo o Ministério Público, Fernanda Giordano, Julliana Ortega e Ana Kelly, foram denunciadas pelo crime de peculato-desvio, pois em comunhão de esforços e desígnios, de forma livre e voluntária, cientes da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, desviaram em proveito próprio e alheio, bens móveis públicos (cobertores) adquiridos pelo município de Nova Andradina, que tinham a posse em razão do cargo público, bem como valendo-se da facilidade que lhes proporcionava a qualidade de funcionário público.
Segundo os elementos colhidos na investigação, o município de Nova Andradina adquiriu 500 cobertores para atender a população vulnerável, que deveriam ser distribuídos conforme a Lei Municipal, o que não foi feito, conforme aponta as investigações.
Joel Pereira foi denunciado junto com Julliana Ortega e Ana Kelly por falsificação de documento particular, consistente em requerimento da Associação “Peixe Pão”, da qual Joel era presidente à época dos fatos. Ele assinou documento no lugar de uma jovem onde ela teria recebido cobertores.
Ao todo, Julliana Ortega e Ana Kelly foram denunciadas em ao menos seis crimes, mais associação criminosa junto com Luana.
O Promotor de Justiça Paulo Henrique Mendonça de Freitas que conduziu as investigações, requereu junto ao Poder Judiciário o afastamento das servidoras, Fabiana Barbosa dos Santos e Luana Tayna Duarte, que são lotadas na Semcias.
A reportagem também apurou que 12 pessoas foram arroladas como testemunhas do caso.
Operação Cobertor Curto
O MPE (Ministério Público do Estado) de Mato Grosso do Sul, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Nova Andradina, e com o apoio da Polícia Civil do município, deflagrou, na segunda-feira (25) de julho de 2022, a “Operação Cobertor Curto”, para cumprimento de mandados de busca e apreensão e aplicação de medidas cautelares diversas da prisão em desfavor das investigadas Julliana Ortega e Ana Kelly, secretária e subsecretária de Assistência Social do Município de Nova Andradina.
A investigação conduzida pelo Promotor de Justiça Paulo Henrique Mendonça de Freitas titular da 1ª Promotoria de Justiça de Nova Andradina, teve como objetivo apurar supostas práticas de crimes contra a administração pública, entre elas fraude em licitação, peculato-desvio e falsificação de documentos públicos e particulares.
Além das buscas na Semcias (Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social), ocorreram buscas nas residências das investigadas e no depósito de materiais onde se encontravam os cobertores adquiridos pelo município que estavam sendo objeto de desvios.
A pedido do Ministério Público Estadual, o Poder Judiciário aplicou às investigadas medidas cautelares diversas da prisão, proibindo-as de acessar quaisquer das repartições públicas do município.
“Cobertor Curto”
O nome da operação faz alusão à prática de tentar encobrir irregularidades cometendo-se outras.
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