Claudineis da Silva Flor, de 41 anos, conhecido como “Chumbinho”, e Welington Gonsaga Flor, de 26 anos, vulgo “Pintado ou Pinto Murcho”, tio e sobrinho respectivamente, vão a julgamento por tentativa de homicídio contra um rapaz que levou tijoladas e dois tiros de arma de fogo. Fato aconteceu no dia 26 de junho do ano passado no bairro Durval Andrade Filho, em Nova Andradina.

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A sessão de julgamento está marcada para esta quinta-feira (10), no Tribunal do Júri na Comarca de Nova Andradina, com início previsto às 8h30.

Segundo consta nos autos do Inquérito Policial, no dia 26 de junho do ano passado, por volta das 16h40, na avenida Eulenir de Oliveira Lima, os denunciados Claudineis da Silva Flor e Welington Gonsaga Flor, por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, desferiram dois golpes com um tijolo e efetuaram dois disparos de arma de fogo contra a vítima, que somente não provocou a sua morte por circunstâncias alheias à vontade dos agressores.

Ainda consta nos autos que a vítima saiu da residência da sua namorada conduzindo uma motocicleta Kawasaki/Z750 de cor verde, quando, após meia quadra, foi interceptada pelo “Chumbinho” que adentrou na frente no veículo, obrigando vítima a parar. O acusado retirou a chave da ignição e questionou se havia "mexido" com sua mulher. Em seguida, na posse de um pedaço de tijolo, desferiu dois golpes na região da cabeça da vítima.

Diante disso, mesmo atingido, o rapaz correu em direção a residência de sua namorada, oportunidade em que o acusado Welington, na posse de uma arma de fogo, desferiu contra ele dois disparos. A vítima ainda conseguiu chegar até o imóvel da namorada, sendo prontamente socorrida e informando os fatos na Polícia Civil.

Uma equipe da SIG (Seção de Investigações Gerais) da Delegacia de Polícia Civil saiu em diligências e localizou “Chumbinho” nas proximidades de sua residência. Ocorre que, após receber ordem legal de prisão e de ser conduzido até a viatura policial, o acusado, além de desobedecer à ordem legal, investiu contra um dos policiais civis e tentou tomar para si sua arma, sendo então atingido na perna, por um disparo de arma de fogo.

Ele foi socorrido ao Hospital Regional e logo após ser medicado foi preso em flagrante, já o sobrinho foi ficou foragido por um mês até se entregar na Delegacia de Polícia, com um advogado.

Segundo a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), o crime foi praticado por motivo torpe, eis que os denunciados agiram movidos por inconformismo gerado por suposto envolvimento da vítima com suas companheiras.

“O delito também foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, tendo a vítima, desarmada, sido surpreendida em via pública por dois agressores e recebido, além de golpes na cabeça, disparos de arma de fogo enquanto tentava, em vão, correr e se desvencilhar de seus algozes”, finalizada no MPE.