''Cosme Vaqueiro'' alegou dificuldades financeiras e lembrou do PM que tinha caminhonete e que poderia furtar

Juiz de Bataguassu manteve a prisão dos acusados, tio e sobrinho

Da Redação


Cosme Santos da Silva, de 23 anos, conhecido como “Cosme Vaqueiro”, em depoimento à polícia, ele disse que conhecia o policial militar da reserva remunerada Jonas Rufino da Silva, de 54 anos, porque já tinha feito serviços na região onde a vítima morava. Ele alegou para a Polícia Civil em Bataguassu que estava passando por dificuldades financeiras e lembrou que Jonas tinha uma caminhonete GM/S10, que poderia furtar e vender. No interrogatório, o rapaz pontuou que a intenção era apenas de furtar.

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Acompanhado do sobrinho, Clailton Silva Santos, de 19 anos, ambos moradores de Nova Casa Verde, distrito de Nova Andradina, foram até a residência da vítima armado com uma espingarda calibre 28, que tinha há alguns anos. Para isso, pegou o veículo VW/Gol de cor vermelha emprestado de um familiar. Quando chegou ao local, viu a caminhonete estacionada, mas não encontrou Jonas Rufino.

Conforme depoimento, a dupla aguardou pela vítima cerca de 10 minutos, até que o policial chegou em uma motocicleta. “Cosme Vaqueiro” anunciou o assalto, mas não portava a arma. A vítima não entendeu e, quando entendeu que se tratava de um roubo, saiu correndo para dentro da casa. Momento em que, o rapaz ordenou que o sobrinho buscasse a espingarda dentro do carro.

Momento em que os criminosos chegam na Delegacia de Bataguassu, após serem capturados em Paranavaí (PR) - Foto: Tiago Apolinário/Da Hora Bataguassu

“Cosme Vaqueiro” ainda relatou que achou que a vítima iria buscar uma arma dentro da casa, por isso atirou. O tiro atingiu a nuca do policial, que morreu na hora. Os acusados, então, roubaram a caminhonete e também uma espingarda de Jonas e foram até a casa de um familiar, onde devolveram o Gol. Depois, seguiram com a S10 da vítima até Nova Andradina, mas não conseguiram vender a caminhonete.

Diante da dificuldade e sem contatos, decidiram ir até a cidade de Paranavaí, Estado do Paraná, onde venderam o veículo por R$ 15 mil. Após a venda, a dupla foi comprar passagens de ônibus e voltaria para Bataguassu, mas acabou presa pela SIG (Seção de Investigações Gerais) da Delegacia de Nova Andradina com a apoio da Polícia Civil daquela cidade, a caminhonete foi recuperada em um canavial.   

Audiência de custódia

Em audiência de custódia nesta segunda-feira (26), foi decretada a prisão preventiva da dupla criminosa. A decisão é do juiz Marcel Goulart Vieira, da 1ª Vara de Bataguassu. Conforme o magistrado, após análise dos fatos foi concluída necessidade de decretação da prisão preventiva. Isso, considerando que há provas da materialidade e também da autoria, uma vez que os criminosos confessaram e deram detalhes dos fatos.

Caminhonete da vítima foi recuperada em Paranavaí (PR) - Foto: Tiago Apolinário/Da Hora Bataguassu

Também é pontuado que a dupla não comprovou residência física ou emprego lícito e que tentaram fugir, sendo presos já em outro Estado. “O crime praticado é de extrema gravidade e repugnância (...) causando abalo social significativo na comunidade local e acarretando risco à ordem pública, o que reclama uma providência imediata por parte das autoridades”, frisou o magistrado.

Por fim, foi decretada prisão preventiva dos criminosos, que respondem pelo roubo qualificado, se da violência resulta morte.

Armas de fogo, uma do policial que foi subtraída e outra dos acusados - Foto: Polícia Civil/Divulgação

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